O profeta do tropicaos



………………Saudações a Rogério Duarte, antena da Tropicália

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É como se eu tivesse vivido de uma só vez várias encarnações passadas
Sou poeta, cientista, virtuoso, viciado…
Amálgama de disparidades movendo em torno de um tronco só

A simultaneidade dos vários sendo impossível
O dia se fragmenta num desfile de personagens variados
Acordo desenhista e vou dormir músico

(“Imagens da chácara”, Rogério Duarte)

 

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Você sabe de que cabeça saiu o arrojado projeto gráfico da capa do disco Tropicália ou Panis et Circensis, que em 1967 lançou ao espaço da cultura o movimento tropicalista de Caetano, Gil, Tom Zé, Torquato Neto, Gal Costa & Cia? A capa é uma síntese das propostas do grupo, reverberando as idéias de deboche e mistura tão caras à então nova estética dos caras. Lembra, não à toa, a célebre foto dos modernistas de 22, para não deixar esquecer os ecos da antropofagia de Oswald de Andrade na garganta dos macunaímicos artistas da década de 60.

O maestro Rogério Duprat, por exemplo, cuja presença significa em si mesma a noção de mistura (ele ajudou a estabelecer a ponte entre a música erudita e a popular nos “anos rebeldes”), aparece com um pinico na mão como se fosse uma xícara, encarnando assim, também, a idéia de deboche (não por acaso, remete intertextualmente ao Urinol do escrachado dadaísta Marcel Duchamp). O compositor Torquato Neto – parceiro de Gil na faixa Geléia Geral e de Caetano em Mamãe, Coragem – posa de dândi com uma boina de guerrilheiro cubano, numa mistura que traduz bem o espírito do deboche, fundindo ar blasé (que remete à dita alienação dos “desbundados”) e seriedade política (que remete ao engajamento dos “revolucionários”).

Há também espaço para a metalinguagem, já que fotos aparecem dentro da foto (qualquer semelhança com as telas de Salvador Dalí pintando Salvador Dalí pintando Gala não é mera coincidência): Caetano segura um retrato da cantora Nara Leão (que interpreta no disco a faixa Lindonéia); Gil, um do compositor Capinam (ambos autores da canção de abertura Misere Nóbis).

Essa capa saiu da mesma cabeça de que brotou também a do primeiro disco de Caetano, Domingo (também de 1967), em que a foto do artista lembra uma gravura medieval (ou um retrato de neto rebelde em camafeu de vovó), segurada por uma mulher bem no estilo art nouveau e circundada por um dragão extraído de um quadro do renascentista Rafael. A mistura – de épocas e estéticas diversas – mais uma vez vem acompanhada do deboche: é como se dissesse que na arte nada se cria, tudo se copia. A programação visual depende da cultura visual: diga-me qual é a sua fonte e te direi quem és (o nome verdadeiro do Urinol de Duchamp, aliás, é Fonte). Abaixo a seriedade: qual é o limite entre o plágio e a originalidade? O que vale é a brincadeira: comida, diversão e arte – pão e circo na arena tropicalista…
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Essa capa brotou da mesma cabeça de que também saiu a do disco Gilberto Gil (de 1968). Aquela mesma em que o autor de Domingo no Parque (faixa-fecho do elepê e 2º lugar no III festival de Música da TV Record) aparece envergando o fardão da Academia Brasileira de Letras. Em expressão solenemente irônica, o artista parece representar a invasão do povo na praia aristocrática do beletrismo: é como se a música popular arrombasse a porta da redoma de cristal dos imortais, eliminando as fronteiras entre a “baixa” e a “alta cultura”, para dizer que cultura é soma, não subtração – que cultura é mistura, não exclusão (para não dizer que não falamos de Drummond, rima e solução!).

Além da capa, é de sua autoria também o texto do encarte, apresentado ironicamente como psicografia de Gil: no jogo polifônico em que vozes se misturam, se fundem e se confundem, a voz do artista gráfico dá voz à do músico. Mais uma vez, brinca-se com a noção de autoria, de originalidade, num tom de alegre deboche: a construção caminha de mãos dadas com a descontração. Como no teatro dos antigos, ridendo castigat mores: o riso corrige os costumes – por isso o humor é revolucionário. Em outros termos, rir do poder, para que o poder não possa rir. Que autoridade é capaz de se manter depois de ser ridicularizada? Andar na contramão, na via da subversão: rima e solução…

Em outros termos, é ser do contra para ser – está na contracapa: “Qual é a fantasia que eles vão pedir que eu vista para tolerar meu corpo nu? Vou andar até explodir colorido”. É somar para ser: “O negro é a soma de todas as cores. A nudez é a soma de todas as roupas”. Por isso é que Gil diz pela boca do “médium”: “Com o fardão da Academia, eu estava nu”. Por isso é que não há abrigo contra a nudez; por isso é que falar é abrigo contra a mudez – por isso é que calar é perder a vez…

Você sabia que o cara dessas e outras capas é também o rapaz que faz o cartaz do filme Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha (segundo filme do papa do Cinema Novo, premiado em Cannes)? O trabalho foi tão bem realizado que seu autor não resistiu, e brincou com o diretor (que não resistiu e recusou o que Ziraldo havia feito): “Gostei do filme que você fez para o meu cartaz”. A respeito disso, completa: “essa inversão é importante. Muita gente diz ‘o pôster do filme’. Não é o pôster do filme, é o pôster do próprio pôster. Muita gente olha o pôster e não vai ver o filme. Então eu tenho um contato direto, estou falando com quem está vendo esse pôster. E é o mesmo com as capas de discos. Ou seja, a capa perde seu caráter puramente acessório, de ser uma cobertura cuja função é apenas proteger uma coisa, para se tornar uma mídia, um suporte. Nesse ponto eu digo que fui importante, porque eu assumi a postura de ser um designer. Havia aquela idéia de artes superiores e artes inferiores, o que é uma discriminação, e eu era um militante radical contra isso”. Erudito e popular, brega e chique, mistura e deboche: nada mais tropicalista…
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Explicando melhor: no pôster, o ator Othon Bastos figura no centro de um sol estilizado segurando um sabre. O chapéu do vaqueiro parece uma meia-lua dentro do sol: misturam-se, assim, na imagem, o dia e a noite, a luminosidade divina e a escuridão diabólica, a religiosidade pacífica dos beatos e a violência profana dos cangaceiros. Na terra do sol, o homem está no centro, em preto-e-branco (zona de sombras e dúvidas em que o ser se constrói), entre o sangue do vermelho e a redenção do amarelo (como o Riobaldo de Rosa, é inevitável pactuar com o Demo para encontrar Deus: dois pontos separam o encontro do sertão com as veredas). O sabre é como se fosse uma espécie de equivalente, no plano visual, da conjunção aditiva “e”, fundindo o que está à direita ao que está à esquerda: mas, tanto de um quanto de outro lado, estão presentes Deus e o Diabo (as partes são simétricas); somando os dois, Deus e o Diabo ao quadrado (dentro ou fora do círculo). No mesmo espaço, a luz e as trevas se encontram: mistura e deboche…

Esse papo todo de produção gráfica começou, na verdade, antes do Cinema Novo, antes da Tropicália. No início, era a militância política: “No Rio, fui coordenador de artes plásticas do CPC da UNE. Todos os cartazes políticos da UNE em 64 fui eu que fiz. Foram destruídos na época do Golpe. Embora eu tivesse tido um lado meio primitivo, de brigador de rua, capoeirista, meio maluco e bêbado, quando cheguei ao Rio fiz logo sucesso. Meus cartazes nessa área política suscitavam comentários nunca antes feitos, inclusive por critérios de pintura. Eu lia francês, inglês, quer dizer, eu tinha contato com a cultura sofisticada”. Ao mesmo tempo, o bronco das brigas de rua e o erudito das rodas da noblesse. Com todos os erres e esses, troglodita e poliglota: nada mais tropicalista…

Entretanto, nada mais complicado do que ser um “amálgama de disparidades”, tentando conjugar os contrários, na maniqueísta década dos extremos: “eu não caibo em nenhuma dessas embalagens”. Nada mais problemático do que tentar usar o e inclusivo na era do ou exclusivo: diante do isto ou aquilo, ousou dizer isto e aquilo. O mesmo que pedir para tomar porrada tanto da esquerda quanto da direita. E foi exatamente isso que rolou: a maldita santa inquisição atuava dos dois lados. De lá e de cá, patrulhamento, repressão: era vigiado pelo olho direito e pelo esquerdo, no estranho estrabismo dos déspotas.

Por exemplo: como não rezava no catecismo dos ditos revolucionários, foi estereotipado, alvo de uma deformada caricatura. Em suas palavras: “Pessoas como eu não podiam ser levadas a sério (…). A nós cabiam os rótulos com que se classificava o que não batia com a cartilha oficial”. O anarquista, o contra-revolucionário, o pequeno-burguês, o oportunista, o incoerente, o porra-louca, o caótico – era a parte que sobrava do latifúndio. Aliás, não por outro motivo foi jocosamente apelidado pelo diretor de teatro Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, de Rogério Caos – um direto de esquerda (ou uma esquerda de direita?). Estamos falando do caleidoscópico artista multimídia Rogério Duarte: “percorro todo tipo de sinal/ como se quisesse paralisar/ a seqüência da avalanche”.

Um direto de direita: “Não adianta oferecer a outra face ao inimigo. Ele se recusa, quer bater sempre do mesmo lado. Conhece o nosso amor pela simetria e o despreza”. Como não hasteava a bandeira verde-amarela nem cantava o Hino Nacional, foi preso pelos carrascos da ditadura durante a famosa Passeata dos Cem Mil e torturado nos porões do estado autoritário. Quer dizer: “Um homem livre pode sentir dores físicas, mas não pode ser torturado. Mas quem pode se sentir verdadeiramente livre numa sociedade de escravos e senhores! Reversos de uma mesma moeda miserável”. Até parece o velho Santiago de Hemingway no mar dos tubarões (em O velho e o mar): “Um homem pode ser destruído, mas não derrotado”.

Então, foi chamado de viado por não usar cueca, apanhou, tomou choque (“Você sabe quantos volts suporta o corpo?”), dormiu com uma calça mijada por milicos: “68 foi o ano da paixão. Ano em que vivi o meu calvário numa curiosa e tropical imitação de Cristo. Esse foi o ano da minha morte (…). Durante os oito dias fomos submetidos a torturas, espancamentos, interrogatórios, lavagem cerebral, todo um pacote sistemático de técnicas para desestruturar completamente uma personalidade”. Em nome da ordem e do progresso, pedras e paus no Rogério Caos: estamos falando de Rogério Duarte, um homem além dos bons e dos maus.

Estamos falando do Rogério da arte, do mistério Duarte, do minério de Marte. Do império de muitas faces e fases que não foi só o cara das capas, o ás dos cartazes que deu a cara aos tapas dos capatazes. Curva fora do gráfico, cio no frio e no calor, além de artista gráfico, foi também compositor. “Eu não caibo em nenhuma dessas embalagens”. No disco de estréia de Caetano, é co-autor de Anunciação: “Não deixe nosso filho/ substituir o teu leite/ pelo leite das feras”.  Homem de muitas esferas, criatura além do céu e do chão, está também no canto de Gal Costa, em Cultura e Civilização: “Eu gosto mesmo é de comer com coentro. Uma moqueca, uma salada, cultura, feijoada, lucidez, loucura. Eu gosto mesmo é de ficar por dentro, como eu estive na barriga de Claudina, uma velha baiana cem por cento”. Rimando amor e dor, remando contra a maré, fez Boneca semiótica com Jards Macalé: “Você venceu com sua lógica/ digital e analógica/ você não passa da programadora/ do repertório redundante/ da minha dor”. Caindo fora pra ficar por dentro, quem sabe faz a hora: sempre em movimento, caminhando contra o vento, onde cem é sempre mais que cem por cento…

“Num desfile de personagens variados/ acordo desenhista e vou dormir músico”. Para dormir músico e acordar poeta. Cuja seta esperta acerta e espeta: “cada pessoa tem sua órbita pessoal e única/ (…) igual às freqüências da luz, múltiplas e policromáticas”. Por certas vias erráticas, nutrindo-se da falta: “perdi teu fruto/ ganhei a fome/ assim me nutro/ do que me come”. Cada verso trazendo no seio seu reverso controverso: “só quero saber do rio de sangue que corre pelo meio”. Assim como o sim se fazendo do não: “Traz o teu irmão em ti/ sem divisão/ busca no escuro da canção/ teu claro puro pulo/ luta o ser com a dimensão”. Pena arisca, em tom sarrista, zombando do discurso ufanista: “Ouça/ há/ na/ casa/ onde moro/ trinta pombos/ exatamente debochados/ brava gente/ brasileira/ tremor servil”.

Antídoto contra a apatia, contra a resignação, contra o conformismo dos papéis pré-estabelecidos na era das burras especializações, ousou ser plural, dançando simultaneamente vários bailes com máscaras diferentes: “Isso você pode encontrar nos meus textos, essa inconformabilidade com a limitação humana, a vontade de ser Deus. Querer ser eterno, querer ser tudo. Nunca houve nada que eu não quisesse ser. Matemático, capoeirista, amante. E poeta também, por que não?”.

Tanto inconformismo, tanto transbordamento, tanta insubmissão, tudo isso implica um preço alto a pagar. Afinal, não se é rebelde impunemente numa sociedade em que os algozes estão sempre à espreita. Quem não diz amém não tem um lugar ao sol. Quem não pede a bênção é expulso de casa. Quem desdenha da boa imagem social não participa dos banquetes oficiais. Quem resiste ao enquadramento deve arder na Bastilha do esquecimento. Quem não se adapta é jogado na solitária da solidão. “Por isso, eu tenho o lugar que eu tenho na história… e muito merecido porque eu caguei para a opinião pública. Tinha um ditado que dizia: ‘Cago para a sociedade e limpo a bunda com a opinião pública’”.

Essa vocação para a diversidade, para a conjugação das diferenças, para o equilíbrio delicado dos vários ofícios está registrada em seu livro Tropicaos, editado pela Azougue (mais uma vez, Sérgio Cohn dá voz e vez às mentes transgressoras condenadas ao ostracismo pelo mercado editorial e esquecidas pela crítica). Na publicação, Rogério exercita seus dotes polígrafos, enveredando por distintos gêneros discursivos: há depoimentos (sobre a prisão, a participação no movimento tropicalista, etc.); há ensaios sobre desenho industrial; há poemas; há letras de canções; há reproduções de capas e cartazes; há entrevistas…

É leitura obrigatória, por exemplo, para os que desejam conhecer o lado B da Tropicália, isto é, o movimento fora da perspectiva oficial, o tropicalismo domesticado, desprovido de suas implicações mais subversivas, transformado em marca pela indústria cultural. Não à toa o iconoclasta chama de “universotários” os consumidores básicos de Caetano. Aliás, sobre o artista baiano convertido em produto de massa para adoçar a boca da classe média nas aberturas de novelas, dispara o trocadilho certeiro: “Cae tá noveloso!”. O mesmo Caetano que um dia louvou o “guru tropicalista” (a quem chamava de seu “desempresário”) no livro de memórias Verdades Tropicais: “um sujeito com a mente mais rápida e idéias mais desconcertantes do que eu teria sido capaz de imaginar”.

A respeito do papel de Rogério na Tropicália, vale registrar as seguintes palavras de Heloísa Buarque de Holanda, em sua tese de doutoramento Impressões de viagem – CPC, Vanguarda e Desbunde: 1960/70: “A propósito, parece-me fundamental lembrar o papel desempenhado, neste grupo, por Rogério Duarte. Músico, cineasta, designer, poeta, ator, Rogério é como que eleito feiticeiro e pajé dessa tribo. Investido de um ‘saber superior’ avalizado por um bom número de leituras e de um ‘poder’ conferido pela experimentação sensível limite, até mesmo próxima da loucura, Rogério traz em si os índices constitutivos da vivência tropicalista. É nesse sentido que a ‘aprovação’ e a presença de seus textos fazem-se obrigatórias (…) em todas as manifestações e publicações dessa tendência. (…) Rogério fala coletivamente, como que psicografando o sentimento de uma geração”.

Este “artista múltiplo e feroz pensador” (quem diz agora é o “guru da contracultura” Luiz Carlos Maciel, em seu Geração em transe: memórias do tempo do tropicalismo), que também é professor Notório Saber do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), também responde pela tradução, direta do sânscrito, do Bhagavad Gita, publicado em 1998 (há dez anos, portanto) pela Companhia das Letras.

Infelizmente, como diz Narlan Matos no prefácio de Tropicaos, “pouca gente sabe que Rogério Duarte, ao menos, existe”. Este artigo é para celebrar os 70 anos da Shiva de mil braços da arte brasileira – lembrar a sua existência é reafirmar, nestes tempos sombrios de pastiche, a importância da rebeldia criativa. Evoé, Rogério: os que vão nascer te saúdam!

 

 

 

 

 

 

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Carvalho (Paulo César de Carvalho) é vocalista e letrista da banda Os Babilaques. Nasceu em São Paulo em 22 de abril de 1970. É bacharel em Direito e mestre em Lingüística pela USP, professor de Gramática, Interpretação de Texto e Redação do curso Anglo Vestibulares e de cursos preparatórios para concursos públicos, co-autor do material de Língua Portuguesa do Sistema Anglo de Ensino, autor dos livros Tópicos de Gramática e Tópicos de Interpretação de Texto e Redação (Editora CPC – www.cpc.adv.br ou livraria@cpc.adv.br). Foi editor do boletim Texto & Cultura, colaborador das revistas Discutindo Língua Portuguesa, Discutindo Literatura, Arte & Informação, Livro Aberto e Libertárias e consultor da TV FUTURA no programa Tá Ligado?. Sua dissertação de mestrado intitula-se Fragmentos epistolares de um discurso amoroso: elementos para uma análise semiótica do estatuto do gênero “carta de amor”. Tem poemas publicados no livro Na virada do século – poesia de invenção no Brasil (Landy Editora) e na antologia portuguesa Poezz (Almedina). Lançou em 2009 o livro de poemas Toque de Letra (Editora Nhambiquara). É articulista do site literário Musa Rara. Tem parcerias musicais com Tatá Aeroplano, Juliano Gauche, Peri Pane, Pélico, Trupe Chá de Boldo, Reynaldo Bessa, Bruno Roberti, entre outros. E-mail: carvalho70@gmail.com




Comentários (1 comentário)

  1. Adelice Souza, Desta mesma iluminada cabeça de Rogério Duarte acabou de brotar flores de lótus na mais bela e recente tradução do Gitavinda de Jayadeva: A canção do negro amor. Ele é eterno em sua maestria e poesia. Estarei com ele, sempre, neste caminho.
    14 maio, 2012 as 12:39

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