“Brian Jones” está vivo – e é meu amigo
É preciso explicar o título, para não ser confundido com um daqueles fanáticos fãs delirantes que creem piamente que “Elvis não morreu”, que Jim Morrison teria simulado a overdose fatal para fugir dos holofotes, que Cristo ressuscitara mesmo no terceiro dia e voltará à Terra para anunciar o “Juízo Final”. Ateu convicto e sem vocação para groupie, não haveria de ter sombra de dúvida, pois, de que Lewis Brian Hopkin Jones, nascido em 28 de fevereiro de 1942, no Reino Unido, de lá realmente partiu para o além em 3 de julho de 1969.
Não ignoraria também, como seu admirador, que fundou – sete anos antes – os Rolling Stones, e que se destacava como virtuoso multi-instrumentista, tocando de guitarra a harpa, de baixo a cítara, de banjo a tuba, de gaita a tabla, de trompete a bandolim, de piano a oboé. Nem que ele tenha sido “despedido” – para não dizer “expulso” – da banda sob a alegação de “abuso de drogas”, em 8 de junho de 1969, tampouco que fora encontrado já sem vida na piscina de sua mansão em Hartfield, menos de um mês depois.
Ainda que siga incerto se morreu afogado no álcool ou assassinado por seu “humilhado” secretário, é certo que o ídolo indócil não está mais entre nós há mais de meio século. Como eu só haveria de nascer nove meses após seu trágico fim, não podendo sequer tê-lo conhecido, evidentemente, seria impossível – a menos que fosse “paranormal” – ser amigo do astro pop finado. Não precisaria explicar tudo isso que é tão óbvio ululante, precavendo-me – embora pareça descabidamente excessiva a prudência – de possíveis obtusas interpretações literais, se todo leitor estivesse atento às aspas, compreendendo que o célebre nome de um, é claro, só poderia ser mesmo o codinome de outro, “ilustre desconhecido” da turba de internautas.
Aliás, se dissesse que conheci o futuro amigo Brian Jones – sem aspas – no Facebook, não faltariam “idiotas da objetividade” (aspas para Nelson Rodrigues) contradizendo que é mentira cabeluda: com o prepotente sarcasmo relinchante dos néscios, provavelmente alguém replicaria – por inacreditável que pareça, neste deserto virtual, “a situação está [bem] abaixo do nível da crítica” (diria Marx mais ácido) – que não havia sequer internet naquele 69 em que o loiro cabeludo muito louco dera – “de vacilo” – o derradeiro beijo no azulejo.
Brincadeiras à parte (como se o provérbio estivesse errado, e todas não tivessem mesmo “um fundo de verdade”), porque não se trata do menos provável dos absurdos comentários desqualificantes de um post como este: celebrando não só a “amizade virtual”, mas também – sobretudo – a preciosa cumplicidade existencial, a rara afinidade estética e ética com o já amigo (sem aspas) “Brian Jones” (entre aspas, porque ele é um outro – sem aspas, porque essa “outridade” é paráfrase de Rimbaud). Mesmo que o alter ego irônico do ex-Stone, enfim, fosse um mero “amigo virtual”, nem por “brincadeira” poderia engolir a acusação – perversamente caluniosa – de falsidade ideológica, que testemunho já lhe terem imputado (tão acintosa e impunemente).
Não precisaria esperar, pois, que algum comentarista beócio de plantão me acusasse de ser amigo de quem estaria usando a identidade de outro nas redes sociais, como se “Brian Jones” – fingindo-se de morto (o trocadilho é sintomático) – pretendesse mesmo se passar por Brian Jones. Para corroborar a insólita tese, certamente o replicante recorreria a inequívocos exemplos de muitos – muito “vivos” (no duplo sentido das aspas duplas) – que oportunística e criminosamente seguem fazendo muitos mortos – anônimos, veja bem – “ressuscitar”.
Em defesa de “Brian Jones”, contestaria – de dedo em riste e navalha na língua – que o homônimo, no caso, é indisfarçável e propositadamente um codinome eleito não só para render merecida homenagem a um notável músico que ele tem em grande conta, mas também numa esfera artística em que o talentoso homenageado jamais atuou. A propósito, convém ressaltar que foi justamente isso que me chamou a atenção quando curti pela primeira vez um post do até então “ilustre desconhecido”: apesar da foto do ex-Stone em seu perfil, recordo ter ficado não só muito surpreso, mas também bastante intrigado – algumas “curtidas” depois, vale dizer – com o fato de sua página não ter mesmo nada a ver com a música, mas com as artes plásticas.
Parecia-me então mais adequado, à época, que usasse algum codinome como “Edvard Munch”, “Piet Mondrian”, “Max Ernst” ou “Paul Klee”, por exemplo. Em outros termos, no princípio me soava tão insólito emprestar o nome de Brian Jones numa página dedicada aos grandes mestres das artes visuais, quanto soaria o codinome “Claude Monet” para exaltar grandes compositores e instrumentistas. Embora não conseguisse enxergar a mínima relação de coerência entre o codinome musical e o objeto visual, enfim, e não tendo a menor ideia de quem era aquele tal sujeito misterioso por trás da conhecida foto do roqueiro morto aos 27 anos, a questão é que, seduzido pela beleza plástica e riqueza estética de seus posts (compartilhados sempre em êxtase, sempre), irremediavelmente já havia me tornado fã – também – deste outro brilhante “Brian Jones”.
A esta altura, portanto, devo retificar que, bem maior do que o estranhamento inicial diante da aparente incompatibilidade entre a evocação do multi-instrumentista e a celebração de pintores, escultores, gravuristas, ilustradores e fotógrafos, seria a surpresa diante deste riquíssimo – tão singular na sua polifônica heterogeneidade estética – museu virtual. Apresentado a tantos geniais artistas e primorosas obras que de outro modo muito dificilmente conheceria, como haveria de ficar intrigado ainda com o codinome de tão enciclopédico quanto generoso anfitrião? Intrigado, na verdade, ficaria diante dos complexos grafismos de um anônimo artista aborígene australiano, do intrincado “labirinto do minotauro” de um milenar mosaico romano, da delicada pintura em nanquim criada pelo chinês Ma Yuan no século XII, da emblemática ilustração “Solitude Sometimes is Best Society” assinada em 1800 pelo francês Gustave Doré, do sinistro “Mephisto” parido pelo polonês Feliks Jabłczyński em 1893.
Para não dizer – pondo palavras em boca fechada – que falei que não tem nenhuma relevância curtir um quadro de uma pintora ucraniana num post cuja foto de perfil é Tom Jobim, ou uma tela de um pintor sueco postada com o codinome “Neil Young”, não é demais pôr o pingo no “xis” da questão. O que quer dizer que o que falei é que é mais importante saber da existência de Tatyana Nikolovna Yablonskaya (1917-2005) e conhecer – um pouco, ao menos – sua obra, do que saber por que teria sido postada por quem tivesse a foto de Billie Holiday, David Bowie ou Ravi Shankar no perfil.
Ou seja, o que quis falar – e disse – é que o que de fato interessa é saber que curti um quadro assinado por Gustaf Fjaestad, outro artista de que nunca ouvi falar (do contrário, saberia ao menos – como também o nome “trava-língua” da ucraniana – pronunciá-lo): menos relevante do que saber por que o codinome de quem postou seria “Lou Reed”, “Mozart” ou “Björk”. Isto é, o que quis dizer – e falei (nas entrelinhas) – é que me chama mais a atenção um quadro de Louis Van Lint ou uma tela de Josef Bramer – artista belga e pintor austríaco que desconhecia – do que se visse a foto de Quincy Jones ou o codinome “Edith Piaf” no perfil deste tão incógnito quanto competente curador internético. O que não quer dizer, em outras palavras, que não deixa de ser curioso que tenha conhecido o artista canadense Alfred Joseph Casson (1898-1992), o pintor alemão Daniel Richter (1962) e o russo Timur Petrovich Novikov (1958-2002) na fantástica “galeria” do tal do “Brian Jones”.
Evidentemente, causaria bem menos estranheza se tivesse curtido não na sua página, mas na de “Cat Stevens”, o artista iraniano Mostafa Sarabi: afinal, em 1978 o músico britânico se converteu ao islamismo, trocando inclusive seu nome para Yusuf Islam. Muito maior estranhamento provocaria, em contrapartida, se fosse apresentado ao pintor holandês Kees Van Dongen (1877-1968) por “Astor Piazolla”. Para não dizer que soaria realmente absurdo se tivesse curtido o artista japonês Katsushika Ôi (1800-1866) num post de “Donna Summer”, ou totalmente nonsense se tivesse visto uma obra do bengalês Indra Dugar (1918-1989) na página de “Syd Vicious”.
Tudo isso para dizer, enfim, que tudo isso – e muito mais – quem me apresentou foi o surpreendente “Brian Jones”, de quem inevitavelmente me tornaria amigo. Aliás, sendo mais exato, poderia mesmo dizer que, no nosso caso, era como se fosse de fato um “encontro marcado”: em outros termos, como diria Vinicius de Moraes, amizade não se faz – “amigos se reconhecem”. Assim, depois de tantos posts reciprocamente não apenas curtidos, mas atentamente comentados, depois do reconhecimento bilateral de uma profunda afinidade estética e existencial, certo dia – gratíssima surpresa – o precioso amigo “virtual”, já tão “real”, me telefonou.
Durante quase três horas de conversa em alta voltagem, falamos do poeta, editor e pintor visionário inglês William Blake, do caleidoscópico e quase ilegível “Finnegans Wake” e do encontro do escritor irlandês Joyce com o psicanalista suiço Jung, das reflexões de Marx sobre o longo processo histórico e dialético da “educação dos sentidos”, recordando que a expressão daria título a um dos melhores livros do bardo concretista Haroldo de Campos. Logo após nos despedirmos, estimulado pelo mágico diálogo, recordo que lhe enviei então uns poemas de René Char, o preferido de Picasso, bem como fotos de algumas páginas do analista de discurso Pêcheux, conjugando a linguística com o marxismo e a psicanálise: sem falar de uns trechos dos “Cantos” de Ezra Pound evocando a “Odisseia” de Homero e “Os Lusíadas” de Camões, e citando também o bardo provençal Sordello e o filósofo taoísta So-shu.
Não poderia deixar de dizer, é claro, que não poderia ter deixado de falar-lhe da minha grande admiração pelo tão ilustrado e criterioso curador do maravilhoso “palimpsesto visual” que revitalizou estas “retinas fatigadas” de redundantes paisagens desérticas nas inférteis redes sociais. A propósito, como publicarei este depoimento no facebook, alguns curiosos “amigos virtuais” certamente perguntarão (“what’s on the table?”): quem, afinal, é este tal tão enigmático “Brian Jones”? Para não encerrar, pois, deixando-os com o inquietante sinal de interrogação, informo-lhes, em primeiro lugar, que ele não nasceu no Reino Unido, mas no Brasil: se o outro veio ao mundo em Cheltenham, distrito de Gloucestershire, no interior da Inglaterra, este foi parido em Botucatu, cidade do interior de São Paulo. Trinta e um anos depois do ex-Stone, quatro anos após sua morte: em 27 de janeiro de 1973.
Diferentemente do parceiro de Jagger e Richard, ele estudou Letras e Propaganda e Marketing no Mackenzie. Em comum com o virtuoso músico britânico, ele é um virtuoso músico brasileiro, também multi-instrumentista: além de violão erudito e canto lírico, baixo elétrico e guitarra, domina gaita harmônica e “jews harp”. No notável currículo de nosso “Brian Jones”, há inclusive uma elogiadíssima performance – com honroso destaque em veículos de imprensa de grande circulação, como as revistas Veja e IstoÉ – no show do consagrado mago do blues Albert King, no Free Jazz Festival de 1993. À época, não precisaria dizer que ele ainda não era conhecido pelo emblemático codinome internético, mas pelo próprio nome: ou seja, o nome próprio que consta no registro de “Brian Jones” no cartório de Botucatu – entregando sua identidade para matar a curiosidade – é Marcelo Mendonça. Sem aspas, é este, propriamente, que é meu amigo: quando “Brian Jones” me telefonou dizendo quem era, logo entendi que de cara gostei tanto dele porque, na verdade, já gostava tanto dele – quer dizer, bem antes já era fã do Marcelo Mendonça.
Por falar nisso, não poderia não dizer – fazendo-lhe justiça – que exatamente graças a “Brian Jones” fiquei mais fã ainda de Marcelo Mendonça: percebi que o uso do codinome sempre foi, de fato, outro nome para ausência de vaidade. Do contrário, há de se convir, fosse seduzido pela imagem grandiosa de si, reflexo da necessidade narcísica de aplausos, elogios, prêmios, medalhas – de ser reconhecido para se reconhecer -, usaria apenas o próprio nome, construído em sua longa trajetória na música, enriquecendo o currículo com o êxito de sua sofisticada e singularíssima “galeria de artes visuais” no espaço virtual. Isso quer dizer, em outra perspectiva – correlata – que colheria sozinho os frutos dos mais 50.000 seguidores, sem levantar a bola de “Brian Jones”. A propósito, se algum detrator de plantão aproveitasse a deixa (?) para concluir que Marcelo Mendonça estaria se aproveitando da fama do cara pela grana, diria que isso seria uma rima e um sofisma (uma ilação, não uma solução): quer dizer, se é verdade que Brian Jones (sem aspas) ganhou um pouco mais de prestígio, não é mentira que Marcelo Mendonça não ganhou um tostão com isso.
Sendo mais explícito, quero dizer que, se é fato que lhe faltam o devido reconhecimento e remuneração, também é fato que não falta apropriação indébita de seu trabalho hercúleo. Aproveitando a polissemia – e as ambiguidades – da palavra, em síntese lexical sintomática, diria que lhe falta “crédito”: não no sentido – é inequívoco – de que não tenha credibilidade (sua primorosa página é visitada por museólogos, galeristas, artistas, professores e críticos de arte de cá e de lá), nem só no sentido de que não tenha de fato um depósito bancário que seja fruto disso, mas também – em estrito (e sórdido) sentido contextual – porque “piratas” virtuais vêm lhe roubando (descarada e impunemente) as obras mais singulares, valiosas raridades adquiridas nas mais obstinadas pesquisas por milhares dos melhores sites de museus, galerias, artistas e coleções particulares, além de muito seletos – nem por isso muito poucos – perfis pessoais e páginas oficiais nas redes de fibras óticas (veja bem – o trocadilho também).
Depois de falar tudo e isso e aquilo, matando a curiosidade de uns e calando a boca de outros, não poderia deixar de dizer que agora faz todo o sentido o codinome “Brian Jones”. Como faria se visse em seu perfil a foto de Hermeto Pascoal, ou se ele assinasse “Frank Zappa”: não só porque todos são multi-instrumentistas, como também Marcelo Mendonça. Diriam os mais apressadinhos, aliás, que isso seria trocar seis por meia dúzia, que o problema seguiria o mesmo, em se tratando de uma página dedicada às artes visuais, e não à música. Eu lhes contestaria, então, dizendo que a questão é bem mais sutil, indo muito além de sua vã estreiteza de visão: para sacar o que uma coisa tem a ver com a outra, é preciso partir do pressuposto de que o “olhouvido” de Marcelo “Brian” Mendonça “Jones” (diria Décio Pignatari) “ouvê”. Aos poucos e raros que têm “olhos de ver e ouvidos de ouvir” (diria o Padre Vieira), evidentemente, seria redundante dizer que a sua galeria virtual é um grande concerto, que as pinturas, gravuras e fotografias se articulam como notas musicais em acordes cromáticos, numa sinestésica partitura “audiovisual”. Não sendo o caso, infelizmente, para tentar traduzir essa meticulosa tessitura sensorial, essas preciosas “correspondências” entre os sentidos, escuto de olhos abertos o arguto poeta e crítico de arte – veja bem! – Charles Baudelaire: “Como os ecos do além confundem os rumores/ Na mais profunda e tenebrosa unidade,/ Tão vasta como a noite e como a claridade/ Harmonizam-se os sons, os perfumes e as cores”. Revejo esses versos reverberando nos tímpanos, aspirando ao verbo alquímico – utopia poética de Rimbaud – “acessível, um dia ou outro, a todos os sentidos”: então, maravilhosamente, “era comigo traduzi-los”. Quer dizer, radiografar “silêncios”, sismografar “noites”, com os sentidos educados por um mestre “ouvidente” que “anotava o inexprimível” e “fixava vertigens”.
Poderia então falar com toda a propriedade, de modo inequívoco, sobre todas as variações de timbres das cores do museu do multi-instrumentista, traduzindo as “subdivisões prismáticas” (ah, Mallarmé, “a carne é triste/ e ninguém te lê”) de sua sinfonia plástica. Se pudesse escrever nas mais várias afinações do violão erudito de Marcelo Mendonça, ficariam “ouvidentes” as escalas claro-escuras entre os quadros “Yellow Sun at Wigan” (de Theodore Major), “Coucher de soleil” (de Julien Gérardin) e “Moonrise” (de Charles Francois Daubigny). Quem dera pudesse mesmo fazer o curioso internauta “ouviver” – com instrumentos verbais – as gradações tonais sutis entre os mais claros agudos solares e os mais graves opacos lunares (como se escrevesse com o trompete, o sax, o trombone e a tuba de Brian Jones), conduzindo-o da “Rua do Sol” de Charles Rennie MacKintosh aos “Navios no Escuro” de Paul Klee (ambas obras – que sincronicidade! – de 1927).
O que quero dizer com isso, enfim, é que não quero simular a transparência para dissimular a opacidade constitutiva do sentido: afinal, não haveria de ignorar que o possível do enunciado – ah, Barthes! – implica sempre o impossível da enunciação. A palavra “luz”, por exemplo, é o máximo que se pode compartilhar, e não pode iluminar (o trocadilho – signo da impotência do verbo “divino” – é sintomático), contudo, o espectro semântico entre a mínima e a máxima claridade. Para ilustrar, embora a palavra “light” apareça nos títulos das telas “Light beyond the trees” (de Charles Rollo Peters), “Winter Light” (de Phil Greenwood) e “Northern Light” (de Anna Boberg), o olho percebe que a “luz além das árvores” do pintor americano é bem diferente da “luz de inverno” do britânico, e que uma e outra em nada se parecem com a luz da “aurora boreal” da artista sueca. Isso torna ironicamente ainda mais evidente (cognato enfático) que não haveria de bastar ao pintor canadense Philip Guston ter dado ao quadro o nome “The Light”, é claro, para ter dado à luz – “Fiat Lux” – a luz. Essa dialética entre o claro e o escuro, em síntese, me traz à memória Roland Barthes: “O lugar mais escuro, diz um provérbio chinês, é sempre debaixo da lâmpada.” (BARTHES, Roland. “Fragmentos de um discurso amoroso”. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 140). E também o poeta preferido de Picasso, que comentei com Marcelo Mendonça quando “Brian Jones” me ligou: “Só podemos viver no entreaberto, exatamente sobre a linha hermética de partilha da sombra e da luz.” (CHAR, René. “Que Ele Viva!”. In: “O nu perdido e outros poemas”. São Paulo: Iluminuras, 1995, p. 12).
OBS: Visitem a galeria de Marcelo “Brian” Mendonça “Jones”!
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Paulo César de Carvalho nasceu em São Paulo em 22 de abril de 1970. É bacharel em Direito e mestre em Linguística pela USP. Escreveu em coautoria o material paradidático Arte e Cultura nos Anos 60 (Editora Anglo). Foi editor do boletim Texto & Cultura, colaborador das revistas Discutindo Língua Portuguesa, Discutindo Literatura, Arte & Informação, Livro Aberto e Libertárias e consultor da TV FUTURA no programa Tá Ligado? Foi curador da exposição Linguaviagem (organizada pelo Museu da Língua Portuguesa e Ministério das Relações Exteriores), que abriu em 2010, em Brasília, o Congresso dos Países Lusófonos. Sua dissertação de mestrado intitula-se Fragmentos epistolares de um discurso amoroso: elementos para uma análise semiótica do estatuto do gênero “carta de amor”. Tem poemas publicados no livro Na virada do século – poesia de invenção no Brasil (Landy Editora) e na antologia portuguesa Poezz (Almedina). Em 2010, lançou o livro Toque de Letra (editora nhambiquara). Tem parcerias com Tatá Aeroplano, Gustavo Galo e Cabelo (Trupe Chá de Boldo), Pélico, Juliano Gauche, Carlos Zimbher, Reynaldo Bessa e Wella Borges Costa. E-mail: carvalho70@gmail.com
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