Mário e Oswald de Andrade: aproximações


MÁRIO DE ANDRADE E OSWALD DE ANDRADE: APROXIMAÇÕES E SEMELHANÇAS ENTRE SUAS OBRAS

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Mário e Oswald de Andrade formaram a dupla de liderança do Modernismo no Brasil, responsável pela introdução das novas propostas artísticas das vanguardas europeias. Tão preocupados com o estabelecimento de um projeto cultural genuinamente brasileiro quanto com a recepção e adaptação das ideias vanguardistas, produziram obras que tinham como objetivo traduzir as tradições nacionais com registro inovador. Mas ambos tinham a noção da responsabilidade que estavam em suas mãos. E ambos sabiam que, não obstante os nascentes modernismos de outros lugares – Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por exemplo, a capital paulista serviria de grande disseminação dos ideais vanguardistas em todo país. Afinal, como o próprio Oswald dizia:

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O movimento modernista, culminado no sarampão antropofágico, parecia indicar um fenômeno avançado. São Paulo possuía um poderoso parque industrial. Quem sabe se a alta do café não ia colocar a literatura nova-rica da semicolônia ao lado dos custosos surrealistas imperialistas?
(ANDRADE, 1933, p. 11)

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Uma das inovações praticadas por Oswald de Andrade em Memórias Sentimentais de João Miramar é a extensão dos capítulos do livro, extremamente curtos. Funcionam como retalhos do passado do narrador, cuja memória é acionada de forma fragmentada. João Miramar pertence a uma rica família burguesa. Sua infância é marcada pela morte do pai. Miramar estuda em bons colégios de São Paulo e, depois de se formar, parte para uma longa viagem de conhecimento e amadurecimento, passando por Tenerife, França, Alemanha, Itália, Suíça e Inglaterra. Neste último país recebe um dinheiro extra, enviado pela família, que solicita seu rápido retorno ao Brasil. O jovem deve voltar ao país para assumir suas responsabilidades de herdeiro e de homem adulto. Ao chegar, toma conhecimento da morte da mãe – o que completa sua condição de órfão. Recebe a herança que lhe é devida e se casa com a prima Célia, estratégia usual naquela época para manter o controle financeiro em mãos familiares. Daí, seguem-se várias desventuras amorosas e desencontros até que se reaproxima da filha.

Memórias Sentimentais de João Miramar, publicado em 1924, é tão importante para a literatura brasileira quanto Macunaíma, de Mário de Andrade, publicado alguns anos depois. Nos dois casos, nota-se o esforço de renovação da ficção brasileira, tanto na abordagem do assunto quanto em sua expressão verbal. Obra de leitura exigente, Memórias Sentimentais representa um dos pontos altos do radicalismo oswaldiano. O romance  representa a primeira tentativa de construção do romance moderno no Brasil. Inserido no projeto modernista, busca desconstruir as bases da forma tradicional da narrativa de ficção. Esse exercício de demolição começa já no prefácio, ele próprio parte da ficção, já que vem assinado por Machado Penumbra, personagem do livro. Ao final do volume, a informação a respeito do local e data da produção da narrativa é mais um elemento de ficção: “Sestri Levante – Hotel Miramare, 1923”.

Já começando a estabelecer um cotejo entre as obras dos dois escritores, percebemos que, segundo o prefaciador desse livro, à sua 22ª. edição, Haroldo de Campos afirma:  “É o próprio Mário de Andrade quem, expressamente, registra a influência de Oswald sobre sua prosa. Na carta de 1927, dirigida a Manuel Bandeira, em que Mário se detém sobre o processo de elaboração do IX episódio de Macunaíma (“Carta pra Icamiabas”), encontra-se esse depoimento:

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Essas são as intenções da carta. Agora ela me desgosta em dois pontos: parece imitação do Oswaldo e decerto os preceitos usados por ele atuaram subconscientemente na criação da carta e acho comprida por demais. O primeiro ponto não acho remédio. O segundo, vou encurtar a carta. Mas não tiro ela não, porque gosto muito dela.
(CAMPOS apud ANDRADE, 1933)

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Publicado em 1933, Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade, possui, entretanto, o espírito do Primeiro Tempo Modernista (1922-30), pois foi produzido durante o clima iconoclasta desse período. Essa é a explicação tanto para os seus méritos como para seus defeitos. Apesar de ser considerado continuação de Memórias Sentimentais de João Miramar, a presente obra representa um dos pontos máximos da prosa dos anos heroicos do modernismo, mesmo que não chegue perto de Brás, Bexiga e Barra Funda, de Antônio de Alcântara Machado ou de Macunaíma, de Mário de Andrade. Seu grande valor está no cuidado em se colocar na vanguarda literária de seu tempo. Sua temática, por exemplo, se não é moderna, é típica do modernismo. Despeja-se um humor corrosivo em cima das tradições e valores de uma classe social da qual faz parte e chega a compactuar em certos momentos: a burguesia paulistana. É uma postura contraditória, mas muito comum entre os primeiros modernistas. A começar, chama a atenção, no relato das memórias de Serafim Ponte Grande, a sexualização constante, já presente no primeiro capítulo:

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PRIMEIRO CONTATO DE SERAFIM E A MALÍCIA

A – e – i- o- u

…………Ba – Be – Bi – Bo – Bu

…………………….Ca – Ce – Ci – Co – Cu

(ANDRADEa, 1933, p. 19)

 

Também nas Memórias, sentimos a mesma erotização e exacerbação da sexualidade, assunto ainda tabu naquela época;

 

16. BUTANTÂ

Prima Nair que estava interna com as irmãs bochechudas Célia e Cotita noutro colégio mandou uma carta ao Pantico dizendo assim:

“Já sabes que estou na classe amarante? As meninas aqui não são tão maliciosas como no internato de Miss Piss. Mas…nunca vi que espírito civilizado elas têm. Pois como elas não têm moços para namorar elas namoram-se entre si. Todas elas um namorado como elas dizem e é uma outra menina: uma faz o moço e a outra a moça.

E quando elas se encontram se beijam como noivos. Por mais que não se queira ficar como elas, inconscientemente fica-se. As meninas de agora não são como as de outro tempo. Logo nascerão sabendo. Uma de seis anos não é inocente; já têm desde pequenas aqueles olharzinhos que mais tarde servirá para malícia.

Eu só comecei saber a vida aos dez anos. Hoje em dia com sete já se sabe tudo. (ANDRADE, 1990, p. 49)

 

Igual erotização e sexualização encontramos também no primeiro capítulo de Macunaíma, coincidentemente:

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No fundo da mata virgem, nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. […] Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos gozados por causa dos guaiamuns diz-que habitando a água-doce por lá. No mocambo, si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara.
(ANDRADE, 2007, p. 13 – grifos nossos)

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Com esse comentário, já podemos introduzir algumas informações acerca de Macunaíma. Ele nasce à margem do Uraricoera na Floresta Amazônicae já manifesta suas características mais fortes: a sexualidade, a falta de caráter, a preguiça. Desde pequeno ele busca prazeres amorosos com a mulher de seu irmão Jiguê. Em uma de suas “brincadeiras” amorosas, Macunaíma se transforma em um príncipe lindo. Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela mãe. Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer sexo com Ci, a Mãe do Mato, que engravida e perde o filho. Após a morte do filho, Ci sob e ao céu e se transforma em uma estrela. Antes disso, ela dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de talismã ou amuleto. Triste, Macunaíma segue seu caminho após se despedir das Icamiabas (tribo das índias sem marido). Vai a São Paulo atrás do muiraquitã.

No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa “Carta pras Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo, a agitação e as mazelas da vida paulistana. Com Venceslau Pietro Pietra adoentado por conta da surra que levou de Exu, Macunaíma fica impossibilitado de recuperar a pedra. Assim, ele gasta seu tempo aprendendo as difíceis línguas da terra: “o brasileiro falado e o português escrito”.  Por fim, no epílogo o narrador conta que ficou conhecendo essa história através do papagaio ao qual Macunaíma havia relatado suas aventuras.

Um outro elemento comum em ambos os escritores  é a paródia. Como afirma o escritor e crítico Haroldo de Campos, em prefácio à 22ª. edição de Memórias Sentimentais de João Miramar, “A paródia marioandradina é mais arcaizante, voltada para o linguajar quinhentista, colhido nas fontes escritas dos clássicos portugueses e dos primeiros cronistas que deram relato de nossa terra. De envolta, é redicularizada a gramatiquice dos puristas; […] Já a paródia oswaldiana apanha esses mesmos vezos na sua diluição  retórica”. Assim, para exemplificar:

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Mário:

Por estas paragens mui civis, os guerreiros chamam-se polícias, grilos, guardas-cívicos, boxistas, legalistas, mazorqueiros, etc; sendo que alguns desses termos são neologismos, absurdos – bagaço nefando com que desleixados e petimetres conspurcam o bom falar lusitano. Mas não sobra já vagar para sub tergmine fagi sobre a língua portuguesa, também chamada lusitana. (ANDRADE, 2007, p. 225)

Oswald:

[…] em sua diluição retórica, Paulo Prado infelizmente engendra o mal da eloquência balofa e roçavante, um dos grandes males da raça.

(ANDRADE, 1933, p. 117)
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Mário de Andrade, centrando-se nas pesquisas etnográficas e da cultura popular, recheia seu livro de coloquialismos, não sem inovar a linguagem, desrespeitando a norma culta, compondo um romance não-canônico ou tradicional, com parágrafos curtos. Oswald vai centrar seus dois livros principalmente na crítica aos costumes. Isso, porém, não isenta de o introdutor do poema-pílula no Brasil esmerar-se em contos, poemas e textos epistolográficos curtos, inovando também na estética literária. Assim, segundo Campos (apud ANDRADE, 1933):

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O Serafim de Oswald de Andrade é um livro que, desde logo, põe em discussão a sua estrutura. Já no Miramar Oswald desenvolvera o projeto de um livro estilhaçado, fragmentário, feito de elementos que se deveriam se articular no espírito do leitor, um livro que era como que a antologia de si mesmo. […] Se no Miramar a grande inovação se punha sobretudo no nível da sintaxe da escritura, no nível microestético do encadeamento estilístico das unidades do texto (palavras e frases), aqui é a grande sintagmática da narrativa que merece a atenção do autor. No Miramar, podemos reconhece um estilo cubista ou metonímico, na maneira pela qual Oswald recombinava os elementos frásicos à sua disposição. […] Agora, no Serafim, essa técnica cubista, esse tratamento metonímico, parece ocorrer no nível da própria arquitetura geral da obra, na macroestrutura, portanto. O Serafim é um livro compósito, híbrido, feito de “pedaços” ou amostras de vários livros possíveis, todos eles propondo e contestando uma certa modalidade do gênero narrativa ou da assim dita arte da prosa (ou mesmo do escrever
tout court). (Grifos nossos)

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Daremos a seguir alguns exemplos dessas inovações estéticas e de linguagem que Haroldo de Campos enfatizou nas três obras:


Oswald:
……………6. MARIA DA GLÓRIA

……………………..Preta pequenina do peso das cadeiras. Cabelos brancos e um guarda-chuvas.

……………………..O mecanismo das pernas sob a saia centenária desenrolava-se da casa lenta à escola pela manhã branca e de tarde azul.

……………………..Ia na frente bamboleteando maleta pelas portas lampiões eu menino.

……………………..(ANDRADE, 1990, p. 46)

 

………………………K

 

………………………………Klober – Sábio alemão e massagista. Meu vizinho de quarto.

………………………………Kathe – Baleia que amei uns tempos.

………………………………Seu Kuk – alemão que fazia criação de gatos de raça. Faziam troça com o seu homônimo corporal.

……………………….(ANDRADE, 1933, p. 68)
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Mário:
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Todas as icamiabas queriam bem o menino encarnado e no primeiro banho dele puseram todas as joias da tribo pra que o pequeno fosse rico sempre. Mandaram buscar na Bolívia uma tesoura e enfiaram ela aberta debaixo do cabeceiro porque sinão Tutu Marambá vinha, chupava o umbigo do piá e o dedão do pé de Ci. Tutu Marambá veio, topou com a tesoura e se enganou: chupou o olho dela e foi-se embora satisfeito. Todos agora só matutavam no pucurrucho. Mandaram buscar ele em São Paulo, os famosos sapatinhos de lã tricotados por dona Ana Francisca de Almeida Morais e em Pernambuco as rendas “Rosa dos Alpes”, “Flor de Guabiroba” e “Por ti padeço” tecidas pelas mãos de dona Joaquina leitão mais conhecida pelo nome de Quinquina Cacunda. Filtravam o milhor tamarindo das irmãs Louro Vieira, de Óbitos, pro menino engolir no refresco o remedinho pra lombriga. Vida feliz, era bom!…

………………………(ANDRADE, 2007, p. 34-35)

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Por último, destacaríamos a não linearidade dos romances. Serafim, ainda segue algum tipo de fio condutor, mas muito tênue. Poderíamos ler seus capítulos isoladamente, como contos autônomos. Há textos que são peças de teatro, diários, enciclopédias ou glossários e outro gêneros tradicionais também. No caso de Memórias, esse fio condutor se desfaz completamente. Há textos em forma de cartas, poemas, pequenos contos, numa total fragmentação:

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Quinta-feira

Vem-me à cabeça a toda hora uma ideia idiota e absurda. Enrabar o Pinto Calçudo. Cheguei a ficar com o pau duro. Preciso consultar um médico!

(ANDRADE, 1933, p. 33)

 

“Joãozinho,

Depois que tu partiste a Celiazinha estava um pouco abatida, caiu doente com resfriado. Há seis dias que o Dr. Pepe Esborracha vem vê-la todos os dias no Ford de Pindobaville. Felizmente já sarou porque os remédios foram muito acertados. Ele é muito bom médico”. […]

(ANDRADE, 1990, p. 79)

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Da mesma forma, em Macunaíma, mesmo conseguindo-se perceber o enredo, o personagem é sempre escorregadio; a impressão que dá é que sempre quer enganar o leitor. Fora isso, as referências indígenas, geográficas e a mistura do português castiço com a linguagem abrasileirada (uso de “si” ao invés de “se” ou o uso do pronome oblíquo no início de frases, por exemplo), torna a leitura mais fluida, fazendo o leitor literalmente “viajar” no texto:
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[…] O herói apanhava. Recebera já um murro de fazer sangue no nariz e um lapo fundo de txara no rabo. A icamiaba não tinha nem um arranhãozinho e cada gesto que fazia era mais sangue no corpo dos passarinhos. Afinal se vendo nas amarelas porque não podia mesmo com a icamiaba, o herói fugindo chamando pelos manos:

Me acudam que sinão eu mato! Me acudam que sinão eu mato! (ANDRADEb, 2007, p. 31)

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Assim sendo, as três obras são as mais representativas dos dois baluartes do Modernismono no Brasil: Osvald de Andrade e Mário de Andrade. Os dois pensaram o país e sua nacionalidade a partir de uma ótica vanguardista, mas também profundamente nacionalista. Irreverentes e inovadores na forma e conteúdo, sublevando as normas gramaticais graças a uma inteligente crítica à linguagem empolada e erudita, herança do parnasianismo que tanto tempo influenciou o comportamento intelectual das elites e artistas do Brasil até o começo do século XX.

 

 

 

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REFERÊNCIAS

ANDRADE, Oswald de. Memórias Sentimentais de João Miramar. 12ª. edição, São Paulo: Globo, 1999.

_____. Serafim Ponte-Grande. São Paulo: Círculo do Livro, 1933.

ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2007.

CAMPOS, Haroldo de. Miramar na Mira. In: ANDRADEa, Oswald de. Memórias Sentimentais de João Miramar. 12ª. edição, São Paulo: Globo, 1999.

_______. Serafim: um grande não-livro. In: Serafim Ponte-Grande. São Paulo: Círculo do Livro, 1933.

 

 

Olinda, fevereiro de 2014

 

 

 

 

 

 

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André Cervinskis é jornalista, ensaísta, metre em Linguística pela UFPB. Produtor cultural, com vários projetos aprovados pelo FUNCULTURA-PE na área de Literatura. Com várias premiações nacionais e internacionais, tem 13 livros publicados em autoria própria e coautoria. Colabora com o site Interpoética e o jornal U-carboreto, ambos de Pernambuco, e o periódico Correio das Artes na Paraíba. Mora em Olinda-PE e teve avós lituanos. E-mail: acervinskis@gmail.com

 




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