DIAS ÁCIDOS, NOITES LISÉRGICAS
Havia dito que meu próximo livro seria de crônicas. Cumpro o prometido. Não são confissões íntimas, não é autobiografia – isso é para celebridades e não sou celebridade. Separei de cadernos o que me pareceu valer algo, literariamente, ou trazer alguma informação, ou ser engraçado. Algo se fez enquanto escrevia, foi criado especificamente para este livro. Enquanto o preparava, poemas meus foram sendo postados no Facebook. Adicionei-os, pois me pareceram ilustrar o que dizia. Do blog, esse convite permanente à crônica, um texto, “A festa e o homofóbico”, real em sua comicidade e ilustrativo.
Episódios, como a farra em uma casa de campo e isso de por um tempo ser frequentado por delinquentes de verdade, mais algumas bebedeiras e um ou outro escândalo, já foram relatados. Especialmente, em Os dentes da memória – Piva, Willer, Franceschi, Bicelli e uma trajetória paulista da poesia, de Renata D’Elia e Camila Hungria (Azougue, 2011); e na entrevista que Roberto Piva fez comigo (gosto especialmente), disponível online e em meu livro Manifestos (Azougue, 2014). Por isso, dispensei-os, não os repeti. Há algo na filmografia: Uma outra cidade, documentário de Ugo Giorgetti, e o recente A propósito de Willer, de Renato Coelho e Priscyla Bettim. Falo de mim também, em outro registro, em uma narrativa mais antiga, Volta (Iluminuras, 1996 e reedições). E, é claro, em poemas. Omiti amigos e personagens que mereceriam ser mencionados. Mas estão no que já escrevi sobre o ambiente cultural e a movimentação relacionada aos Poetas Novíssimos do início dos anos de 1960.
Alguns nomes, mantive. Outros, mudei. Para ajustar meus relatos a um, digamos assim, Claudio Willer histórico, ou para situar algumas questões, preparei um epílogo intitulado “Arremates”. Este livro foi preparado em setembro / outubro de 2017. Revisto em meados de 2018. Segue para impressão em fevereiro de 2019. Infelizmente, algumas evocações – da caretice em outras décadas etc – acabaram virando profecias ou antecipações.
Claudio Willer
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VENHAM. AVISEM INTERESSADOS. Também está em ‘Eventos’ no Facebook.
Onde: Durante o evento Choque Literário, congregando 50 editores independentes, no Osaka Naniwa Kai, à Rua Domingos de Morais 1581, Vila Mariana, São Paulo (próximo à estação de metrô Vila Mariana)
Quando: Dia 6 de abril de 2019, a partir das 17 h, Será precedido por uma mesa, composta por Antonio Bivar, por Gabriel Rath Kolyniak e por mim, sobre o tema: CONTRACULTURA: ATUALIDADE E TRANSGRESSÃO, a partir das 15 h.
O livro: Crônicas, a maior parte inéditas, além de algumas anotações, poemas em prosa etc. Com 150 páginas, será vendido a R$ 40,00 o exemplar. Tem alguma relação (óbvia?) com o tema da mesa precedente.
A seguir, o índice do livro:
- A VOZ
- A FESTA E O HOMOFÓBICO
- ANOTAÇÕES EM CADERNOS
- MURADAS
- DIAS ÁCIDOS, NOITES LISÉRGICAS
- NUNCA FAÇAM UMA COISA DESSAS
- SONHO OU ALUCINAÇÃO?
- ESCREVO PARA QUEM SABE OUVIR, FALO PARA QUEM SABE LER.
- O POEMA MODIFICADO
- EM QUE ACREDITO? DE ONDE VENHO?
- RELIGIÕES E CRENÇAS; SIMPATIAS E IDIOSSINCRASIAS
- O OCULTO
- VIAJAR
- NOVO SONHO
- ARREMATES
Editora Córrego, acesse www.editoracorrego.com.br
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