Acordo Ortográfico


 

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ENQUANTO DURE O ACORDO!

A língua escrita é viva. As palavras que escrevemos juntando umas com as outras para formar sentimentos, ideias, mensagens etc, modificam-se com a habilidade de manuseio do povo que a usa. A língua portuguesa que é tão falada e pouco ouvida está em vias de oficializar mais um acordo ortográfico entre seus povos que a escrevem (já que falar, falamos como queremos, ora pois!); e é no sentido de sabermos todas as regrinhas do novo acordo que o Armazém da Cultura bota no comércio o livro Acordo Ortográfico. A orelha, assinada por Deonísio da Silva, o escritor que mais entende da genealogia das palavras do Português, é alegre e feliz. Ele bem sabe que apesar de todos os senões, o melhor é ser feliz até quando o acordo durar. A publicação veio em boa hora!

Acordo Ortográfico – Vocabulário das palavras modificadas

Autor: Frei Hermínio Bezerra de Oliveira – Zacharias Bezerra de Oliveira

Editora: Armazém da Cultura

Ano da edição: 2012

308 Páginas

 

 

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HISTÓRIAS DE AVÔ

Muitos capítulos e trechos começam com “Meu avô”, aludindo a uma narração perene. A linguagem é simples, o que abre caminho para os leitores juvenis. É uma história de família, boa de adaptar para os palcos. O que não é surpresa, já que a autora é diretora teatral. Na coluna passada falei de um livro com pretensão de falar ao público adulto que tinha desfaçatez juvenil. “O homem que sabia a hora de morrer” não tem essa pretensão, por isso é honesto em sua poética juvenil.

O homem que sabia a hora de morrer

Autora: Adelice Souza

Editora: Escrituras

Ano de edição: 2012

128 Páginas

 

 

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O CORDEL QUE REDIME

O mote é contar, usando o gênero poético cordel, a história de vida de cada um. Com o mote, a pesquisadora Maíra Soares Ferreira adentrou uma escola municipal de ensino fundamental de São Paulo e colheu em versos de cordel a história dos alunos, da escola, dos professores, do bairro, da cidade etc. Fazendo poesia os alunos discutem os problemas do ensino público atual. A pesquisadora não poderia ter escolhido melhor forma de se estudar a realidade contemporânea. A poesia é o melhor registro para se destrinchar o lugar em que vivemos. Registros que a todo tempo são os mais felizes para se conhecer a história, qualquer que seja ela. Precisamos de mais livros assim!

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A rima na escola, o verso na história

Autora: Maíra Soares Ferreira

Editora: Boitempo

Ano de publicação: 2012

240 Páginas

 

 

 

 

 

 

 

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Cláudio Portella (Fortaleza, 1972) é escritor, poeta, crítico literário e jornalista cultural. Autor dos livros Bingo! (2003), Melhores Poemas Patativa do Assaré (2006; 1º Reimpressão, 2011), Crack (2009), fodaleza.com (2009), As Vísceras (2010), Cego Aderaldo (2010), o livro dos epigramas & outros poemas (2011) e Net (2011). Colabora em importantes jornais, revistas e sites do Brasil e do exterior. E-mail: clautella@ig.com.br




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