A outra forma da ilha de Goa
ASTRONOMIA – JATO DE RAIOS VARRE A VIA LÁCTEA
LOS ANGELES- Um breve jato de raios Gama e X, de potência jamais vista, foi detectado no fim de dezembro na Via Láctea. Segundo a Universidade de Califórnia, em Berkeley, a energia gerada em dois centésimos de segundo por esse enorme “relâmpago”, foi superior à produzida pelo Sol em 250 mil anos
Jornal do Brasil, sábado, 19 de fevereiro de 2005
Daquilo que parecia uma voz de lago ou de mulher, eu – o que bem pouco sabia de mim – quase sentia firme o meu ver como uma medula vertical até meus brotos próprios de visão vagamundos por ali e certos aquis mais reconcentrando-se em sinais e ultrapassagens de zonas distantes misturadas com desaparições – a qualquer momento eu poderia içar-me a uma outra região qualquer, estava aqui e ali ao mesmo tempo – e era mesmo muito difícil concentrar-me no meio daquela ventania de coisas e seres tentando arquiteturar-se, agrupar urbanizar novas concisões de sentir, arquipélagos de conceitos voadores, eu me pressentia ao que meu antes poderia conseguir em ser-me algo fundo que alcançasse trazer palavras migratórias de ocidente à oriente, e palavras de cima e de debaixo. A única coisa que não trazia de longe, que já se coadunava anterior à sua pró-sensação de existir vinda de outros congregados movediços era o solo (este é o primeiro conto do Livro da Terra), a terra, o horizonte que precisam ser mesmo uma coisa só. Isso era firme, de areias estacadas, de brancura. Algo sem ainda, sem micróbios muito sequer se por perto essas areias delongadas mas eu me esforçava muito em ser um eu vindo de diversas partes ao mesmo tempo sendo muitos em um afunilando-me para falar com aquela pré-surgência de voz flutuante que queria ser um mínimo quê de dedolinear-se, eu via um olho de rosto espumoso, um olho de casca diferente, giratório, um colibri nu de areias óticas no meio de espumações tentando fazer a forma de um sercunflexível olh`outro, eles vinham dois olhos rabiscados em seus contornos de abelhas também sendo desenhadas por formações aéreas de coisas vivas muito menores que se pudessem ver fora do ver, e ao ser que ali se impunha por agrupamentos rápidos oscilantes de recém-manifestações de quase-seres-vários dizia-me isso que estamos ouvindo em desconjunções toantes pré-mentais que aquele era um lugar ainda em formação cuja natureza era estar sempre refluindo sanfonado e recombinando-se de todas as coisas e seres dos mundos imaginados que são na verdade tudo o que existe e não se sabe dos diferentes terraços estratificados e simultâneos do Universo dos universos dos universos.
Para poder piscar conversar com a figura que eu não sabia quem era ao ser ela elo ar eu me sentava na mesa básica. Literalmente subia na mesa pura para ver se estava pronta, se eu conseguia ficar em cima dela, de pé, com o que seria minha futura cabeça, era apenas uma goiva cheia de sílabas sibilantes, sonoramente estardalhaçada com muitos galhos e folhas próximos flutuando no espaço que seria ocupado por uma cabeçoutra coisa ainda só uma quentura sem limites rígidos nos delineamentos na poeira no turbilhonamento de sua pré-presença, eu – precisávamos muito – agrupar-me em meus muitos nós mas só conseguia-me trazer folhas frutas ascensionadas de todas as partes que assumiam por instantes meus esboços meus contornos ainda não delimitados,eu ficava então piscapiscando sobre a mesa meus delineamentos folheando-se à espera de palavras em migração num amontoado ritmoso de frutas folhas gravetos partículas levitadas dançarinas lampejantes. Ficava mesmo muito difícil falar naquele ambiente de multiplicações e reagrupamentos que era quase eu sem um corpo fixo fundamente nele de coisas e itens quase intuídos em contínuo movimento, pré-pensados e que nunca – maravilha ! – chocavam-se entre si mas regiravam sem condutos sem cuidados,.
Seu corpo tem o formato de sua própria viagem. O jovem ouro rumor encandescido latente em filtros de sentir-se tonalizado de transportes vários em vagens de si mesmo agrupava suas sensações milenares de todas as épocas preenchendo-se já mesmo concentrando-se mais e mais ali deitado um pouco a mais no seu mesmo si retinsentindo-se numa diagonal de previser – ele agora afastara-se alguns centímetros da mente de mim ali vaporizando-se – massageava o meu chegar de todas as partes com dedos de pontas não-pensantes já tocantes ele nítido fincado flexiventilado, corpo ousando-se ventoso corpo foi então que recebeu o meu gozo atento a fixar-me medula vária trêmula foi então que ali então eu era eu alguns pulsares, concentrando-me nos cílios cócegas, farejando-me, enchendo-me de mim meus olhos muitos por toda a parte circunvagando por meu todo eu terreno pelo seu tocar-me repossuindo-me de meus ocos assim vagares aí ele já ouro corpo de sussurros vicejantes elevantou-se fluindo que tremulava fazer outra coisa estalada nos seus extremos de seu ambientaser, soprar-se em si mesmo nas ramagens de sua borda. Coruscar-se. Eu recombinei-me numa ação de procurar com meus ajuntamantos onduláveis e audíveis rangentes meus tendões de transentir-se-me caule e dorso de fluxos velocíssimos do autopercorrer-nos jorroser em busca de expelir a parte mais distante intocável de mim de desligá-la em, alguma pedra com um lagarto verde na distância com a primeira palavra dita pronuncaída, em, ocultada fechada em sua mente morna e errante, era preciso desligá-la, desatá-la como se a procurar-se primeiro em lacunas de terra salitrosa entre piscinas vazias de termas antiquíssimas depois nos próprios ladrilhos úmidos fundos lodosos em certas partes a mensagem do mapa de meu corpo-ser que eu precisava ver para começar a unificar-me ali montada nos azulejos o meu projeto topográfico a minha forma minha paisagem estilizada o meu percurso-corpo ali pré-fixado e só então eu me entender a partir das ventanias do meu ver fortíssimo sobre o que restava das águas ali prisioneiras quase evaporadas e entender-me estender-me inteiro para sempre ali por enfim compreender ao ver pela primeira vez a minha imagem mosaicada no leito da grande piscina abandonada num sítio de recreação extensa e de descanso para seres de formas de uma outra época e de uma outra mais diversa e olvidada esboroada geometria que já se esgotara há milênios em escoadas alvoradas, saber a forma recipiente que teria que percorrer através de mim e demarcar os meus contornos para todos os lados do país. Eu me estender preciso por todo o meu mim mesmo, retocando-me em todas as minhas fronteiras, demarcando-me com sinais e movimentos , escritas e aragens, sensações assinalando-me independidas em pedras, troncos, fluxos d`água quente da terra borbulhando mensageando-me e mostrando-me a mim mesmo por todo o território nas partes dele que eu sou e me mantenho pois ali, aqui e lá então unto-me e além de mim mesmo frondeio-me aonde ainda nem aconteci.
Nas ruínas dos banheiros arcaicos sem telhados próximos às termas das piscinas gastas arquetípicas para o banho e o deleite de seres insondáveis com minhas inscrições direcionais pontilhadas nos mosaicos de mil esmaecidas cores, naquele lugar de sortilégios ventados que era eu deformando coisas vagas rasantes redemunhos a levantarem poeira de si mesmos que se põem a vagar por todas as partes gagas de si tantas em busca de voltarem em arco a si de onde tinham partido se elevado construindo-se reigualando-se para depois voltarem aos eus-lugarejos que se separam nessa dança nessas cadências jardinadas de compor-se em ser imenso e depois refluir-se em vários muitos por todas as partes do solo num só todos, imos de domos pelos refluxos dos reflexos torneados em busca de injetar-se em suas forma preparada.
Domo-rede película de frequências, uma tapeçaria de latejos de ser e não-ser a cada instante, superpostamente., esse lugar que sou composto de objetos e coisas vivas vagantes que vão e voltam ao começo do mundo e às distâncias todas, todas, quase soltas, reatando-se você então se aproxima imenso dos banheiros abandonados das grandes termas ressoadas, dos grandes vasos para expelir seus timbres, seus líquidos mais longínquos, extremados ,líquidos de proliferação de antenas perfumadas, filamentos mínimos eriçados para novas formas de sentir coisas impensadas .Os grandes vasos de cerâmica branca lustrada atordoada pelos confins do céu, nas retretas máximas, depois de paliçadas dos entrançamentos mais complexos, na região das memórias das colinas densamente desconexas, onde chovem as palhas ao. Algo dele, restos de suas mensagens, folhas soltas de contornos estrelados seriam encontrada ali soprando atrás das altas portas ancoradas aromáticas construídas com madeira de grandes árvores cujos nomes antes ainda não foram vibrados e que ainda estão a compreender seu próprio profundo crescimento revelado. Sequer. Óias. Os seus dejetos de luz timbrada, os seus talentos cromossômicos, emblemas cascocósmicos, carimbos mutantes espumosos, caracóis de bronze de um novo zoomdíaco. O que expelira preciosamente de seu antes. Pisando visando com doçura você via tudo de dentro do corpo de uma quase-ovelha sonorizada pelos silêncios do que não estava ali. E você roçava com seu focinho úmido a porta com guizos nos seus cimos auditivos. E você não compreendia porque os vasos não mais estavam fincados nos antigos lugares, ilhosos, vãos, transplantados, misteriosamente imensos, agora, meio inócuos, desressoantes, das bordas, de um vulcão mais que pré-anterior ao que aqui. Pois. Como se desumissem de seus antigos lugares, agora ali, pois assim estadejavam longe aqui ao mesmo espaço e não suavam lentamente este calor de cerâmica não escoavam porejavam essa frequência apenas em um lugar ao mesmo tempo.
É que as coisas não estão completadamente formadas , aqui é uma região do universo muito especial, uma região de muitas realidades díspares combinadas, disse uma voz (coral de estrelas marinhas filtrado desde o este do mar antecedente de si mesmo) saída dos telhados escapados, escarpados, as vozes emanando pelos respiradouros dos vasos, brancos alaranjados pelas chaminés dos tetos escamados espessos inclinados . As vozes exclamando fumegantes do que elas mesmas cozinhavam encrespadas ali sem remissão sustenidamente, reunissonantes. Do que nem… sentíamos os aromas. O mar mais alto fôra embutido no céu e nele cravejado por aqueles seres inimagináveis que outrora banharam seus corpos incompreensíveis naquelas termas recuadas .
Histórias orais, histórias até então perdidas, histórias compressas hibernadas concentradas encapsuladas sólidas sopravam ou flutuavam em suas vagens árboreas e seus casulos térmicos atraindo uma atenção que espremesse água côncava abscôndita do olhar, que o ultrapassasse.Basta um pouco de fricção nessas densificações do ar, para que as vozes sejam acionadas, zunidas, destampadas dos casulos cristalados áereos, das ampolas densas brancas, das vagens vítreas quase pairantes onde triturações cristalizadas são ouvidas. Mas se você não as descarrega de si mesmo infinito do transportar-se de sua coluna vertebral de cordilheira em miniatura carregada já como uma onda transportável de mar extrapolada uma onda engaiolada numa grua de palmeiras onda transversal acionada em procissão de espumas e bambus ritmados nos ombros de neblimeninos , coer-entes evolando-se transparentes nevoenviados que sou-me eles em eous percorrendo os atalhos do zunir central do caminho do solo vidente de seus pés elas ficam inodoras invísiveis, restam , restentam, testas soltas pérolas roladas perdidas de suas marés que no ontem encontrarás através do solo constelações em preparação germinante faiscando seus inícios. Estampir. Estampir. Histórias seguindo por seus sulcos, sediadas em seus copos de vinhos à borda das muretas de pedras quentes do mar criador das tardes. Poder então aproximar-se de seu próprio calor, de seu murar. De repente, os neblininos surgem, assomando pelas ruas que se delineiam à sua passagem em tropas de ventanias, são densificações quase córporeas do ar atmosférico, dentanias, nuvens com fome de seus corpos gasosos contornando-se da força da atração delineados pelo contato com a terra em cápsulas-chispares a buscarem essas ondulações concentradíssimas e as levando também a estes cereais seresereais elétricos captados de minha medula , carregando-me sensações celebratórias a muitas partes de mim que vão empilhando meus humores meus círculos de dança invisível de pedras e de bruma em diversos meus pontos crepitantes estuários praias colinas estes meus sentires estes meus menires que ficam ilhando-se em regiões os seus montículos de viver sorver e congregar-se para ajudar-me a construir-me em seus empilhamentos sucessivamente simultâneos pelos meus sombreados e férteis frutíferos arredores. Assim me chamam, Min-hame-dula e parte de minhas carnes pulverizadas pelos caminhos caída em flocos de rocha vegetal que brancam como inhame hilariante para as mulheres disseminadas ainda não muito delineáveis mas que estão ali por todas as partes de mim onde sinto-me em chegança de neblinas e em movimento de balões de transparências brancas de película quase transportante onde boiam as cenas das imagenss futuras das idéias tangidas desde longes mais rarefeitos de mim para compor-me do além do que serei, paralém-preparados dos meus recursos de neblina desprendendo-me das palhas dos coqueiros que sou os mais remotos e galinhas de bronze muito leve quase alecrim e palha ciscando em certas margens de riachos em que partes primiciais de mim em si dissolvem-se. Veja, chego em um grupo desconexo com estas minhas partes que aqui ciciam descargas elétricas que se rearrumam com a apropriação desses equilíbrios desses cristais em intensa suspensão correndo disparos cerebrinos céleres cítricos narrarciocinantes por minha armação de ondas roubadas do mar de movimentos de fibras em junções tendões de ritmos quase rituais, o fluxo da onda-movimento da onda-rei em procissão azulíssima veloz corcoveando entre plumagens estampada numa andor comprido num altar portátil com lanternas acesas de seda sendo transpostada em liteira e pista como um deusomdulante de muitos andares articulações em feixes traços súbitos centralizados no dispor-se à frente dos caminhos por onde ela passa celerada cobreada a certo tom sacolejada o daemon da onda cobra ritual enfim em correrias de cheganças arrancada de surpresa ao próprio oceano assim entronizada transportada de um modo de não moer inesperado assustando azulestando a todos que vêem passear o passear da desfibrilação metálica dos tanques amarelos mais profundos diluídos do oceano todos de uma vez através da multidão descombinada que vêem a onda sendo enfim dourando-se ao crepúsculo sendo adorada divã transparente e líquido sonoro de rumores de luzes entrecruzadas em espumas, vítreo divã de superfície veloz e confortável para os espíritos sentados contadores da enxurrada das histórias de uma vez de novo irem se juntando . Você precisa investigar-se, ir-se ainda mais até si mesmo, investir-se de suas zonas mais distanciadas percorrer-se sombreando os seus telhados esquecidos os seus morrotes, as suas rumas interteclar-se, as suas pilhas de gritos gravetos minérios riscadores vibradores ódicos você é que é estas aldeias entre palmeiras ao longe uma montanha entoada ao ver de mentes de florestas compondo-se em vários tons e pontos e estados de organizações voluteáveis de umidades de agrupamentos de verdes e desagrupamentos de tremores de aconteseres simultâneos .Vocês, tendo compreendido a sua forma sua imagoin, artisticamente concebida por seres antecessores insondáveis em seus rituais desconhecidos das termas sagradas de outras eras em que você era previsto , pré-sentido, criado e engendrado através de cerimônias mágicas e onde todo o seu corpo era dançado ,procriado e consagrado , arquitetado para um futuro logístico e exato recupera-se agora pouco a pouco através do acordar de todas as suas mais distantes regiões por intermédios dos seus próprios rituais de ativação de sua pauta geomântica que vão lhe unificando seu território corporal até além dos seus sentidos. Você deve estar aqui para apoderar-se de alguma coisa rica e inconcebível por mim tantos que sou-me a descrição de meus próprios rituais dos quais vou acomponhando-me. Ambienteser. Aconteser, acontesernário. Extremos meus acridulcíssimos crepitando vestindo esses casulos de nuvens dessa neblina solta para que vagueiem pelo ar, magnéticos, cintilantes a alcançar-se corpos iniciciando-se antes de visíveis preenchíveis adaptáveis de nuvens para seres que não requerem corpos sólidos nítidos atados á terra. Corpos de vapor e olor, os de viajar , de vagar, de contaralar? Corpos átimos e felizes pouco densos transvagáveis neblinosos de tons furtifungíveis por onde passo-me de nuvens o que não sabemos nesta cozinha antiga de gigantes onde se preparavam talvez ímãs imensos que eram escondidos pelas partes consagradas da terra por onde passo-me untando-me de inventos lentos postos sobre mesas redondas de poder e repercussão silenciosa requentando-se uma lenta lenda tardia lentalma forma desconhecida de aprofundamentos sonoentemente enlaçados, mastigando-me minha própria nuvem vestinventando-se-me .Vejo pela minha própria garoa entre a paisagem mais nebleninos garotos de garoa elétrica atmosféricos que relampejam ao que em mim no centro atingi-me no meio do coqueiral em multidão retremulada dos moveres oceanocêntricos das palhas todas aspergidas procuradas aqui a ali quando tocam o solo , trazendo essas modificações ventiladas de mim ao sul para mim à sudoeste onde sou mais pesado e antigo e meus pensamentos andam mais lerdos e esquemáticos à procura de uma zona transportados em imensos carros como toras onde se amontoam amalgamados no vácuo total das palavras e das cores delas mesmas esquecidas de que me dissemino em muitas coisas mais além de mim mesmo em todo o território de rios buscadores quando delas me apodero para aquecê-las com mente e me reagrupar e me concentrar em meio das próprias visões que vou gerando por meus ossos auto-falantes percorridos por rum solar murmurejante enrouquecido cunhado de palavras novas criadoras de mundos ainda rodopiantes fervilhantes sem sentido que deslocam seus ecôos em rochedos nas pontas do litoral onde velhas mulheres de corpos também untados de rebôos escutados foram deitadas recebendo nas superfícies desejantes musgosas e latentes das pedras as maresias o calor pensante delas seu bafejo sonoro inebriante de lentidões imensas recuperadas depostas declináveis à espera das sondações máximas do mar para a ressurreição entre as orlantes bananeiras. Por todas as minhas partes as roupas de nuvens vão cedendo os cachos dos corpos corriqueiros.
Senti-me tempo passando à espera de uma palavra para falar para aquela presença ali que tinha mais facilidade em trazer palavras soltas libertadas de todas as línguas e de todas as partes, palavras para coisas novas ainda não registradas no universo, de tão desconhecidas tão aladas dilatadas sempre ao mar de acúmulo curvo que não precisamos aqui dentro das ilhas de se ver respirando com alentos dos tonéis do seu rumor . Portanto. Que ficam nesse espaço. Palavras boiantes eram líquidas, a gente não as dizia, a gente por elas é que nadávamos na atmosfera muito antes de aqui chegarmos em tentativas de implantações, de muitas incisões no espaço-espaço, neste pois posterior que já é aqui. Água crescente para os olhos futuros, cristal quase tênue de luminescências para uvas óticas olhos vindouros essas vinhas visionárias esses vinhedos trepidantes de nichos de líquido já vibrando para o que serão os olhos se preencherem onde foram mesmo os gestos mais vibrados, os que riscaram, escavaram as forças do ar, os mais cortantes que ali foram implantados, incisões feitas no espaço com vibrações mais fortes , ar cavado atraindo mais espaço buscando de cada vez mais longe mais espaço para dentro aonde certas palavras-adaga azuis foram pronunciadas num mantra básico declinadas e esculpidas, com força aprofundadas por vozes que buscavam céleres seus corpos que ainda não se viam por todas as ilhas há muito saídas do mar. Zonas aquíferas vagâncias boiantes, você tocava com suas teclas densas de ar nas águas leves soltas tensionadas de seus olhos que ainda sequer orvalhos do ar tinham nascido , repletos, apoderando-se do seu ar de sonhar descomunal era seu corpo ali então você começava a se alastrar você recombinava-se de lonjuras de longes de proximidades que você se enviava enquanto vagava por todas as partes que eram partes de você que de você ainda não sabiam. Apenas orvalhos felizes faiscavam encravados no ar fertilizados de suas liquessências a quase pouca diferença do chão retinindo meus cristais que me pensavam os aflorados do meu solo mnemônico ressoando as lembranças superpostas dos lugares e através dos quais eu via os meus ângulos os meus recantos olhando-me os recônditos os umbrais vigiando-me de todos os meus sítios todos ao mesmo tempo sempre ativados, sempre chispando, faiscando-me a mim mesmo em todas as minhas partes, composto todo o meu ser de uma miríade de olhares se cruzando de todos os tempos e direções de meu corpo-lugar compondo-se gradativamente de cerimônias naturais. E era pois. Assim, em mim que me desenfaixava e me pirilanfincava-me em partes soltas as mais densas em muitos instantes diferentes cruzando-se em enxames de luzes nos espaços que eram os olhos dos seres que eu já estava chegando-me em partições e migrações de aromas e de cheiros de todas as partes andarilhas dos universos para ocuparem os seus lugares e cujo conjuntamento orquestrava todo o ser de mim pelas alagadas várzeas ondulados vales deltas lagunas fertilizadas que eu era entre os coqueirais as bananeiras doce torpor antes da chuva do arroz. Porque dos olhos das árvores espessas eu via-me esférico e simultâneo e dos olhos das pedras em via-me encompridado e dos olhos das minhas parcelas aladas eu via-me sonorizado e das pontas das palmeiras migratórias eu contemplava o verdadeiro delírio de universo.
As mulheres todas que ali moravam que escandiam faziam escambo de suas quase-coisas atraídas modeladas de imensas flores de rumos suspensas eu não as via inteiramente de fora porque eu não era mais que muitas parcelas reaproximando-me em enxames de sensações descombinadas que se agrupavam em poeiras prateadíssimas buzinas de longes puríssimos nevociferações sobrevoando-se e misturando-me com acontecidos de cores de araras-gargalhadas nos palmares, essas quase-mulheres espalhadas pelos círculos ziguezagues em aberto em torneio das aldeias ainda não ainda nem sequer pré-formadas por completo vestiam roupas antes delas mesmas serem feitas em borrões de claridades avermelhando-se em correrias escapadas altas amarelas tufos de cirandas guizos verdes misturadas pelas ramarias com saltos gritos prateados e mergulhos num corre-corre de estampidos e levezas balouçantes de coisas novas desprendidas assomadas dos arbustos das clareiras do desentrançar do não existimento assim correntes soltas desbragadas chapinhadas enfim delineando-se entre lampejos úmidos seres básicos trovoando chusmas chuços choças palafitas perpassadas por álacres velozes inesculpíveis ventanias risadarias libertadas soltas bandeiras despregadas nas todas direções ao mesmo tempo de onde penso mais coisas nítidas inaladas fixo firme quase entoado promontório para receber todas as idéias assim perdidas esquecidas dos longos escritores marítimos dos poetas aqui viventes docemente exilados de todos as nações incompreensíveis intocáveis sequer por minhas mais distantes ventanias quase ilhadas quase separando-se de mim em seu esforço de chegar de tão distantes. Era em suas cabeças que eu mais me concentrava os meus halos bafejantes sussurrando-lhes os sonidos das quase palavras de meus ideares mais aéreos através deles sempre a caminhar por meus caminhos em muitas fases de mim construídos invadidos pelo mato reocultos vendo essa correrias enigmáticas de mulheres lacustres em movimentos indicativos de outra coisa ainda mais acústica invisível musical intangível ventando inatingível a acontecer em farabanda a perseguir quase a achar essa outra coisa que se esconde por detrás de todos os acontecimentos que a representam em máscaras de espontãneos jardins da paisagem nos ondes trepidados dos lugares nos rumorejos nas gritarias nos risos escaramuças escaramúsicas nos frêmitos no ruflar dos apenas arvoredos levemente surpreendidos pelas movimeinventações cruzadas destes homens também a perseguir essas cores confundidas esses clarões rápidos para mergulharem então se arremessarem em suas vestes velocíssimas em suas próprias formas enfim pré-encontradas em que mesmo se enfiam sendo-me eles agora tempos outros bem depois ah! meditantes cismando sozinhos nos caminhos ao deixar-se longe das aldeias transformando-se eles mesmos isolados em muitos trechos amplidões azuladas e imersões infinitas de mim mesmo muitas vezes tão miméticos eles sou tão pré-românticos nas veredas encantadas dos meus veios que em mim escamas são do que me sou tão panorâmico despregando-se pássaros giratórios elevados que se esquecem de seus corpos lá deitados dormindo sob os folhedos das árvores altas antes dos sonhos e poetam-se a vagar juntos com todas as minhas coisas utensílios sem explicação seres cruzamentos de sentires em coroas de rodopios e vagâncias reticenciais fora mesmo tanto do invisível e do delineável concebível sempre mesclados seus passos silvestres por meus caminhos finos alamedas áleas benfazejas com flautas violas cadernos pautados na algibeira alguns mesmo desenhando-me no mapa descritivo de Goa a ilha com seus deltas com seus rios quase sem saber a intuir a minha forma a acompanhar de mim os meus lores, feitos e feitios, festejos ,fogueiras, festivais. marcos, movimentos, procissões, canais de irrigação melodiantes , cachoeiras cordiais, acenos, folguedos, trabalhos e encantos estados íntimos de paisagens com minhas nuvens precessoras escuras de chuva sobre o mar azul serpente sempre atrás dos coqueirais sempre trazendo de longe mais estranhamentos ,úmidos, mais coisas novas para mais havimentos, mais dessas esotéricas correrias de semeadura .
Essas quase mulheres do átimo do coqueiral que se entreabria a si mesmo em correrias portando lanternas acesas turíbulos de incensos para ângulos para os meus sucedimentos espalhados por todo o território eram em seu acontecer o sumir e refluir do rosto do que sou em formação da mandalondulante natural de todos os acontecimentos de mim estampejados que formavam vistos simultâneos desse meu alto com estribilhos de ações uma face desse alguém de luzes a que ainda chegarei a compor-ir-me a cuja forma e contorno do meu corpo futuro minha paisagem já em si toda decanta em sua compleição que era prevista anunciada aqui do alto em que me exponho quando gruto-me e depois grito-me de céu e iço-me de mim mesmo em fresco adejo num pré-piscar de estrelas somente mesmo sentido nas fímbrias delas por todas as palavras farfalhadas das palhas atentas finas antenas pontas tontas das palmeiras neste súbito cenário visto de cima do que sou em acúmulos e explicáveis extravios o meu o rosto o corpo em flormação ventilado por palmas de coqueiros por rochas e canais os lugares vindouros desses meus futuros templos onde de mim cada parte necessária fora impressa tinida e percutida no lugar onde um pedaço de que me comporia além distante meteoro projetava-se o quartzo celeste dos meus olhos entre as árvores os riachos do meu corpo num propósito num jovem eriçado de clareiras apenas esboçado num salto imaginário de arvoredo daquele cujo anúncio era a visão do céu cosmicamente estrelado para de mim repossuir-me após sondar-me pelos pedaços de todas as partes dos terraços acesos floridos do universo aquilino inalado de universos começar pois a delinear-se como um ser de delícias de riscos luminosos de artérias de vertigens fitas coloridas atiradas entrelaçadas alvoroçadas mescladas tecidas de assobios verdíssimos pelos bosques superpostos de invenção veloz quando ali em delta se lançava num chuveiro de luzes de sementes promissórias de mensagens anterior a si mesmo ao seu primeiro mergulho longo e lento pulo para dentro de si todo expandindo-se ao seu lugar universal ali besuntado de intuições descontroladas de seu eixo ainda imaginário ali todas amassadas num feixe de espaços retorcidos com trajetórias de luzes, combinestórias de músicas de fogo coruscantes de águas fortes de cordas ígneas de proliferações descombinadas dos mais simultâneos diversos feixes de percursos reagrupando-se seguindo até seu ser composto de amontoados de frequências todas enfim reajuntadas decorado salpicado de envios e lançamentos desde o alto por esses meteoritos para ver onde caíam em chuva de luzes meu ser de luzes proliferadas muito anterior a tudo isso que se demarcava de nódulos férteis brandidos para os meus templos futuros os seus pontos de sentir de consciência redensificando-se de ramalhetes e fitas e fios e cordas sendo levadas por muitos dos meus menores eus em danças de diferentes distâncias aos meus lugares mais sentidos aos antigos pontos densos férteis florestados altos percutidos que as partes ígneas de mim haviam escolhido em suas trajetórias atraídas em assobios de luzes riscadoras ondulantes dos espaços intensificados dedilhados de chãos proliferados ,de árvore em árvore, de rocha em rocha e a troncos de coqueiros em instâncias de preenchimentos próprios dispersos reatados sentindo-me em meus ruídos adensando-me crescendo-me na festa das fitas coloridas desgiradas e puxadas serpentinas esticadas vastos anéis de panos pelas multidões ofertantes da planície semi-alagada por todas as minhas parcelas detalhadas pouco a pouco dedilhadas em danças em seus novelos por sinais os meus dispersos humores minhas perserpentinações reencontradas em todas as partes de mim mesmo elástico onde pousara-me mais repercutindo-me com distâncias de cores diferentes forças em mim cavando-me tecendo-me o âmbito costurando-me sonorizações urdindo-me de risos de revibrações e luzimentos meus olhos d´água meu próprio corpo todo de fenômenos celebrados.
Sentindo que tudo ali que se ordenava e se me reordenava do conjunto do que eu não era de todo desconexo em nossas deambulações e espacejamentos, plantações de flutuações, densificações e cocções numa imensa e polvilhada florescência de rumos ambientes materializando-me aqui das minhas partes mais tocáveis ali de minhas partes mais audíveis em outros trechos de parcelas mais visíveis meus sopros ritmando-se construtivos ladrilhando-se nas paredes de vime entrançado dos abrigos numa assustação prometida de bambus incorporando-se esvaziados de seus líquens quando os silêncios pensativos começaram a aromeser-me é que subimos simultâneos em todos os rochedos os tablados de rocha mais sentida estendidos espalhados preparados ao redor de mim brotando em muitos instantes de minhas várzeas ao longo da planície alastrada ao meio de um espargir de refulgências fonéticas que se me embaralhavam e não eram avistáveis somente através dos lagartos alados miniaturas de minhas metamorfoses de minhas formas sensíveis transmutáveis sem final ali crescendo anteriores às próprias degustações etimológicas concentrações internas muito lentas antes de se encaixarem em fase com outras presenças múltiplas de nosso corpo orquestral e geral visivionado por ajuntamentos composições que em si era de borboletas-monos-pássaros numa só coisa um só ser-alvoroço de riachos fusionados formigas voadoras e reflexos de seres ainda não nascidos pré-formados no interior de toda minha umidade que era o sinal as entreabelhas de minha pele-presença faiscando manifestações de si mesma que eu era aqueles ali que me enviava em pré-mentados mergulhos acalmados para encaixar-me circular espiraladamente e ondulantemente mais partes vagarosas de mim em minha pele em consciência de meus próprios pausados gasosos movimentos e fecundações lentadas abarcando- me salpicando-me de mim mesmo e me espargindo o ser por todo o território em que eu me emanava irmanando-me com meus braços pseudópodes de neblinas aos meus diversos ângulos, aterrissagens, recipiências, levitações, sopros e proposições de corpos se encadeando enevoladamente, nevoentamente em que me compunha esse meu corpo de transformações. Eu era , por exemplo, aquele ali n`um pousar num sustentar-me para baixo para encaixar-me um pouco mesmo em mim, nessa minha âncora de nuvens bem longe, delicada enviada espessa bruma em busca de mais partes de mim por minhas longas mãos de nuvens em qu’eu já me via um pouco mais denso envolvendo-me das coisas que avistava apostrofadas os acontesernários de mim mesmo ser já ventando uns estados umas formas em que eu era esses meus adiantamentos de mim ao máximo nós todos no solo nebliondulando-me distanciando-se de nós mesmos desde acima minhas emanações os nossos meus muitos tentáculos de nuvens de mais bafejos sopros hálitos enviados de meu cúmulo de meu nimbo de sonâncias sonolências sonhadas coletivas coisas altas de pretensões de sôos fundamente modelados este meu núcleo procurando-me mesmo moldar-me longe lá embaixo sobre o que sobrevoava-me com o barro do solo em que me reacordava amassado e húmido uns côncavos eus em que de tenuidades me esculpia quase que chovendo com abafamentos as minhas proliferações onde nos modulávamos com silêncios as minhas volumações chuvosas, umbrosas, descansantes, meus seres de musgo e bolor pensando longe eu já me via uns poucos mais densos tantos polvilhados das coisas que de mim mesmo eu avistava em conjunto das minhas diversas festivas e encadeadas partes já vibravam ritmos inaudíveis de sucedimentos vários onde vivabria-me em tantos quandos em que deitava-me vaporizando-me por então sobre umas das camas imensas para silenciosas nuvens atuarem habitarem concentrarem-se dos tablados terraplanados realizando o mesmo gesto ação e pousação fecundamento atingimento conexão com o território ansejado repleta de forças coisas não visíveis semeando dentro que se transfiguravam em acúmulos a cada lugar plantando-se planificando-se agregando-se de um modo diferente com percursos intensíssimos profundamente lançados de si mesmos de premeditados arabescos de atração para ali elas mesmo então reconcentrarem-se ao máximo escondendo com volúpia o todo mim ali criado em tanto lugar de ser procurado por esses mins mesmos Mings com-ocultando-me, pré-cúpulas ociosas de névoas assim de um modo denso em demasias de apagar-me não revelar-me nascendo-me mesmo que por todos os núcleos-formas centelhados desde quando pudessem responder-me aos meus próprios envios impulsos transatar-se de novo a mentes vagas transitórias sem cascas sem casulos sem películas libertas de qualquer recipiente que se vão no interior das névoas torneando em que se desempenham autônomas soltas nos tablados desses cômoros nas verdes colinas nos espetáculos de vapores de encortinamentos de coreografias de nuvens que me abraçavam e me encobriam em todas as partes onde eu me baixara e me pretendia nelas procurando-me acentuar-me minhas formas impulsos avançantes que elas mesmas moldavam massageavam vestiam estuavam esculturavam numa roupagem de danças nevoentas invisíveis incorporando-me em desfazer-me de qualquer forma intuída antes mesmo de qualquer aparição em todos os lugares ao mesmo tempo e diferentemente silenciosos atordoantes de volteios minhas manifestações que eram o meu próprio encobrimento a minha mímica sem atores naquele constelado teatro de nuvens modelantes de gestos e lentados atos complexos inovados de massas dançantes sem corpos autogirantes de vigorosos movimentos jamais anteriormente acontecidos rodopios novos invisíveis por toda a planície onde todo o meu aconte-ser se planteava num teatro de nuvens por toda parte buscadoras dançadoras de si mesmas bosque dramático de nuvens plantadas na terra da tarde à sensório céu aberto .
Mais trechos de mim intraduzíveis assobientes eu recebi nos coqueiros avistadores que viam participavam de três mundos diferentes ao mesmo tempo através de seus olhos triplicados pelo espaço pelos quais o céu me via lá mais longe, vinham do golfo esses aromas com que eu me aproximava e me nolhava das coisas, dos arcabouços, das estruturas de raízes aéreas semoventes dos tablados de entre-si-nuvens dialogais os volumes auto-envolventes de si mesmos, as tendas das folhagens narrativas , as estacas atadas aos pavilhões de sopros longe, tudo atarracava-se meio insuspenso nas areias ressubidas. Os contornos foram agrupando-se reaprumados pelo silêncio composto das areias. Daí era tentativamente fácil assumir minhas navegações por todas as partes recolhendo meus pedaços dispersos meus condutos aquedutos por toda aquela rearrumação que era o que tudo ali fazia de tudo reunindo-se reunidincando-se reunifincando-se crescendo de meus muitos sinais e mensagens irrigadas, retocando-me e recriando-me fluvial do incompreensivelmente , inflando-me de meus ângulos ecoados de todos os lados sincopadamente eu me nutria de meus ecos, de meus rastros, meus envios de você, drapejando seu futuro alfabeto entreaberto, você contrabandeando-se de objetos pouco delineáveis invisíveis que é todo o mar sonoro feito dessas rolagens encadeadas pelas quais você se movimenta não se sabendo mesmo mais ao que se vai de qualquer jeito aproximando-se de uma tábua, de um aro de metal inesperadamente existido, de uma flâmula já ardendo sua cor até que se enchia de tudo o que via e que sentia para preencher-se ocupar-se de seus próprios movimentos de suas deambulações pelas coisas móveis ou retidas no aberto, que você arranca simplesmente com o olhar, que você desata. Você não vai sem imos ao nada, pois. Você pousa e se atribui de muitas mulheres com suas roupas arcaicas de cores velocíssimas colares pulseiras argolas pulsares de ruidosos brilhos dispersas pelo festival dos encontros dos comércios pela feira dos sonidos das formas novas das línguas mais multiplicadas milhares todas diferentes uma em cada das milhões de ilhas de montanhas verdejantes e felizes novas e desconhecidas e de místicos coqueirais do mar universal desligadas subitamente dos princípios delas mesmas caindo compondo-se arrumando-se em imprevisíveis autonomias vocais sobre os balcões, as banquetas, os tabiques, as mesetas, os trapiches para barcos de vento, muitas mulheres um canteiro delas todas como se você nelas estivesse à espera da formação de um outro cume emergindo lá do mar , você todas olhando para o leste da ilha as orientações acenos de uma leve amarela transparente tepidez um comecimento de meu grande Ah ali se concebendo, essa constelação de mulheres trocadoras de moedas-nozes cujos caroços eram vozes concentradíssimas vozes sem corpos ramalhetes vagens de vozes vindas de todas as partes tecedoras de um tecido sonoro de lendas de entonações vagas arcanas iniciais pelo corpo quente e aramado através do qual você perpassa e se adstringe se tinge e se embebeda num retinsonar resomando-se intersecionando-se por dentro dele arrebatado que essas mulheres estão em conjunto formando o Qaul, o atmosfereser as fímbrias da tenda o corpo a asa de lendas as membranas todas contadas num enxame de vozes atômicas exaladas estiradas como um toldo de insurgências de frêmito estas por fim o começar das asas pois são pré-tecelãs da imagem do alguém de sussurros que não precisa já estar ali para sentir-se conformarsendo-se que elas fazem todas juntas na conversação quase sem limites de seus gestos e ações que você imagina-se ser ao imaginar-se você se compõe de uma camada de silêncios lustrosos hipnóticos. Você não percebe que é ele você mesmo que chega com seu quando quente e permanente ali , o Qaul, como um jardim aterrizado de vozes eriçadas entrelaçadas com seus cabelos cantantes de espigas com suas tâmaras de murmúrios multicoloridos e luzentemente chispando-se ecoados, o que se dita em diagonal sobre o teu corpo recém-florido dos falares dos contos milenares dos muitos e tantos murmúrios das perdidas musgosas histórias antigas, os cantos e as preces circulares, caprichados recortados colares de contares drapejantes ruflares folhagens de dizeres espumosos coisas que você infinitamente desconhecerá, conhecerá e novamente esquecerá ao atravessá-las . Não pense, nem premedite timbrada num gongo mentálico no flanco da montanha antecedente que sua forma será a antigamente humana, você é uma conjunção de mundos com ruídos diferentes que são agrupados costurados pelos vácuos de seu deslocar-se alar-se por esse monstruário essa feição essa feira ululante dos rumores a exposição das coleantes fitas de coloridas vozes narrativas repiscantes ,este ser longitudinal perspectivo e balouçante, redes de ramagens cinéticas de algaravias inúmeras compridíssimas quase insondáveis de tão longas que desembocam na Lua fios de vento falante comprimido e de estilhaços básicos de trafegantes mantras migratórios tijolados enquistados de peles vernáculas ressoantes essas coletâneas de magmas mínimos de cilindros impressos de falas ascencionadas elevadas cintilantes de coriscos entrecruzando-se de poesia itinerante de todos os espaços disseminando-se em diferentes estrados ventosos do lugar alojados num festival de falas misturadas que é a preparação ,por essas mulheres costurando desse modo nodelante todas essas vozes aladas, de minha asa oriental e de minha asa ocidental forrando-me o interior com essas vozes superpostas o Qaul feito de mil vozes contando interminavelmente lendas estendidas estriadas congregadas atraídas de todos os mais distantes azulentos reinos, ilhas de contornos mágicos geográficas irmãs minhas tão longínquas e lugares expandindo-se germinando num brocado de lampejos corais e clarões de canções e ramos e archotes de rumores de arbustos de contos recontados em revirantes girosvozes convocadas numa agricultura dissonante de milhares de histórias faladas transcorridas e sonantes escorrentes sua pele fluente penugem mensageira esse texturizado vozerio essas asas mescladas de murmúrios lendários de todos os tempos e lugares as asas tinidas levemente gotejantes de madrepérolas falantes do Muduh-ulah-Lung, o brandido o brunido dragão de forma sempre móvel e jamais inteiramente percebida em nem um só menor segundo eterno, dragão do vapor das vozes de todos os estrondos das transformações das mutações atmosférico, suas asas cravejadas das vozes feeéricas coruscontando todas as histórias dos mundos retecidas convulsionadamente no mercado dos torvelhinhos num manto alado imenso furacão consentido de falares contador fervilhante uníssono das lendas dos mitos mais futuros dizendo ruflando para todos os lados e sentidos suas asas azuladas flamejando amarelas ressoando trovejando chovendo as multidões das falas torrenciais suspensas quando longe seu sulco altíssimo de ar estremecido que vai entreabrindo à sua passagem o rastro de vapor de nuvens de fumaça o caminho ígneo de todas estas vozes sulcando os curvos céus a chuva de fogo de seu rastro de mil gritos lá vai apontam todos o Muduh-ulah-Lung ultrapassando os limites entre o este e o mais próximo universo com sua cauda orbital fervilhante luminosa espalhando pulverizadas todas as histórias perdidas seus meteoros falantes novamente sobre a Terra lá vai o disseminador o Qaul em sua ultrapassagem de mundos arremetendo arremessando-se com toda a sua carga barulhenta e viva, ouvimos o poderoso clarão quando ele rompe a barreira da região dos mais novos sentidos ultrapassa o limiar entre um universo antigo e este outro que sobre nós descendeu agora mesmo suas luzes estruturando uma cúpula simultânea de riscos luminosos sobre o mar ouvimos seu estrondo quando ele supermergulhou !
Abrindo passagem e deixando chover o clarão das coisas novas, dos novos seres em seu real e inédito tingimento. As coisas, as boas novidades por tantos séculos, milênios impedidas vinham outra vez, (choviam “os tesouros do céu”) – ou seria na verdade essa a primeiríssima vez ?- novamente morar aqui, ao nosso lado. As pessoas acordavam com estórias satisfeitas saindo-lhes sem controle pela boca . E se reuniam para contá-las e ouvi-las por todo o território de onde eu me formara, com o qual ao céu fora lançado para abri-lo num estrondo complexo de cristais. A saliva humana mudara de cor, uma espécie de pólen levemente dourado e adocicado de perfume agradável e transparente saía espumoso pelas bocas que contavam as tais novas histórias vindas das ilhas mais remotas soletradas pelas estrelas – era olhando para elas no seu tremeluzir de ritmos infinitos em suas modificadas pautas reconsteladas depois do estrondo de Muduh-ulah-long em sua fecundação de um mundo pelo outro que nós as trazíamos do céu -, cintilar por cintilar , urdidas por fios de luz vagada, com vozes claras e iluminadas. Pouco sabíamos onde estávamos. Entre tendas sincopadas, escadas aéreas com asas mantidas no ar por nossas antigas vozes de flautins, escadas de cordas de cânhamo agora aceso, não brilhavam antes na neblina ornamental espalhada por nós através de Mudah-ulah-long em sua ascensão para abrir as portas de todos os mundos, construir um túnel com seu voo lancinante que se intercomunicasse com todos os nove terraços do grande universo nosso ancestral silenciosamente enorme dentro do qual antes não sabíamos que morávamos anteriormente trancados dele geometricamente separados, mas agora brilham de um modo superposto sob a nova neblina espacejada pulverizada que se dissemina nesse lugar, neblina trazida de longe do núcleo das coisas eternas que estavam trancadas que Mudh-ulah-Long destravou, o seu fulgor que vai se espalhando róseo-amarelo, numas bordas chispam, onde são ouvidos miríades de esporos da letra f mais aprofundada mais trazida raspantementepulverizadamenteespalhadamente expandidamentemescladamentemiscigenadamente de longe em suas mais diversas formas-seres mais que transmentais vociferando luzes e aromas nos cajueiros despenteados plantados confusamente próximos. Trazidos num relâmpago do outro lado do mundo para aqui. Por sua floração percebe-se a questão: não se sabia quem, desocupando o espaço de uma presença maciça e simétrica, plantara o pomar dos vinhos vindouros para a celebrações nos deltas de seus rios que ele seria imenso este novo ser que estávamos criando junto com os fenômenos que descendiam do céu reaberto aos homens e talvez não fosse essa a segunda vez que acontecia, talvez as histórias orais contadas sobre a vez anterior fossem a falsificação de um reflexo de um pretérito imperfeito e relatassem apenas os rastros sucedidos e fantasiosos de uma hipótese ainda não acontecida. Nossa respiração então, reunificada, formava delicados recipi-entes de névoa boa transparentemente ocupados por seres ainda sem contorno que deles precisavam para alojar-se, pré-formados antes do antes. São taças, vasos, urnas vivas aéreas, moradas suspensas e pequenas para seres de levitação seus leves repousos membranas adocicadas de seres que se despregam da luz enviada baixada por Medul-Ulah-Lung, que se evolam silenciosamente sintomáticos das partículas de plon, pólen estelar da nova radiação pelo novo universo emanada .
Vocês não ainda sabiam, antes que nuca mais acabem, empurrem a letra mais temida adentro no espaço do globo ocular central de onde mina a o chiar de leite transparente com todos os erres e pássaros errantes liquefeitos da montanha transluzente velocíssima atravessante de si mesma .Às vezes estamos assim entre as tendas atentas, procurando agora comer somente frutos do pomar(os livros antigos realmente pendem dos galhos dessas árvores carregadas de palavras futuras, palavras viventes com seus sucos e sua caligrafia de artérias e nervuras , suas linhas de linfa de todos os verdes). Sobre as páginas suculentas passam formigas de asas de ouro e aranhas de cristal, seres mínimos complexos, marcas, nódoas de luz tomam vida. Mesmo assim foram engatados trechos de regiões ainda mais complexas de um ser que ainda não se vê e que iluminam passagens de frases de estranhas cores há muito procuradas que as sombras descritivas de um coqueiro de olhos novos parecem acariciar. Mesmo o que nunca se vira mas estava pesadamente imerso aqui sente-se agora que está partindo para bem longe, se quebrando. Não se via não. Mas estalou, e quando houve o estalo, o rebôo do entrechoque de mundos, quando um com o outro se abraçou na cópula altíssima houve o estardalhaço orquestral de todos os cristais dos universos bimbalhando terpsicore se reorganizando em seu barulho recosmificante de cascalhos estrelados , na reconstrução da estrelada árvore cósmica caminho para se subir para todos os mundos. Genti-ila-lá , a que melhor subia nos troncos dos coqueiros foi quem primeiro avistou o desenho da árvore desenhando-se pelas trajetórias de queda dos meteoros os riscos luminosos de seus galhos de seu ramos que os meteoros ajudavam a discernir que de fato não caíam pousavam lentos e se fincavam novamente nos ninhos de energia em suas conchas indicadas um pouco mais cinzentas que o timbre escuro da noite clareando-se pouco a pouco como frutos pendentes de luz de seus galhos coruscantes.A árvores das vibrações se implantara distribuindo-se novamente unindo os mundos.
E ao outro ser antigo? A este não se vê não, a esse ser partindo com toda a sua atmosfera carregada chupado – agora sabemos mesmo, de uma vez- pelo enorme vento de sucção da cauda estrelada de Medulah-Ulah-Long quando por nós foi composto tecido falatoriamente quando todos nós no mercado das vozes turbulentas todas e todos começamos a falar com as vozes vindas de todas as partes e nos misturamos inteiramente com a maré sonora imensa desconhecida de histórias nunca ouvidas antes que sibilavam sem corpos choviam se embaralhavam vinham de todas as partes todas juntas misturadas em entrelaçados muitos turbilhões feitos de sopros e então nós todas as mulheres e também os homens as guirlandas giratórias de crianças os velhos mais úmidos das aldeias convocados todos nós nos pusemos todos juntos a contar todos ao mesmo tempo todas as histórias as mais belas que sabíamos juntos misturando elas todas num molho sonoro muito complicado e incompreensível até para os deuses um mantramanto furta-cor musical imensa panugem vocal contando ainda mais mastigando os gomos acesos as polpas cheias de mel lucífero dos contornos das histórias que ainda não sabíamos misturando essas lendas auríferas ancestrais com todas as lendas que vinham de longe e flutuavam para todas as direções surgindo de todos os pontos do espaço estalando em cada canto da feira ampolas relampejantes papocantes de cristais desembestados alastrados entupindo todo o espaço possível do imenso mercado central de trocas de palavras atadas e desatadas palavras prisioneiras misturadas com palavras livres de qualquer poder palavras de tradução e misturamento de todas as palavras desconhecidas ou quebradas dosconexas desamarradas soltas loucas neológicas tudo de uma vez como se a uma só voz era todo mundo cantando falando narrando bradando discursando impondo plantando elevando cada vez mais as palavras no ar palavras mágicas criando a grande teia protetora e se batendo pelejando com as palavras soltas das histórias maravilhadas das vozes que nunca tiveram corpos que vinham aos milhares num enxame e que também ali se amontoavam de todas as partes dos espaços dos lugares antigos e futuros de todos os tempos de uma vez só num vozerio num vozeirão-nuvem de uma vez sol para orquestrar o manto fervilhante das lendas aquecidas as tendas as asas a do norte a do sul e a ocidental para tecê-las é assim que se fia a oriental com todos os pavios elastecê-las urdi-las bem com o trovoar dos falatórios todos de uma vez as vozes da multidão sendo um enorme toldo ressoante uma barraca toda feita de vozes ancestral de um toldo pra sempre amontoando-se tanto umas por cima das outras todas as vozes em circunvoluções em revoluções uma onda e aí vieram numa só levada todos os pássaros todas as aves das ilha pretendidas vieram juntas e caíram piando sobre nós e cantando e ululando numa misturação sem fim até que tonitroados atoados acendidos todas as vozes já com asas de brisa veloscente mais que misturadas entrecruzaram-se cerzidas entremescladas cruzaram-se bem num tão assombroso ressoar que sombreou o chão todo o lugar foi então que vimos que o caldo sonoro ficara pronto espesso apropriado no ponto para se manter com todas as vozes unidas num tecido numa espécie celeste e terrena de feltro untuoso e verbal elaste-sendo-se mais e mais para nunca mais rasgar-se e se estender e tremular e elevaram-se levantaram-se fizeram voo então as asas (parecia uma névoa de ouro que se alastrasse um tapete de incisões sonantes o lençol multicor as asas fonéticas uma atmosférica e imensa borboleta de música de vozes de asas de vitral entre o líquido e o gasoso colorindo indo ornamentando-se alastradamente de todas as lendas dos mitos nevoados e histórias em trânsito oral zumbindo sua luz rascante asas imensas materializando-se – então elas ruflaram atordoantes ruflaram como tambores mergulhados no silêncio mais antigo numa micronésia de um segundo rumorejaram ruflalando de si mesmas então todas as histórias mágicas do mar do fogo da terra e do céu ditas todas de uma voz numa fusão total de não entendimento se elevaram então : o Qaul se tonificou atordoante para com seu rumor de luzes intensificadas ressoadas vencer derrotar o universo anterior pesado carcomido que quase ia nos engolir nos devorar o Qaul de Meluhla-ulah-lon do nosso orar nosso falar nosso sonhar imaginar esse o nome agora exato então no momento mais precisado com todas as nossas preces encantadas entrelaçadas nossos cantos misturados nossos contos lendas convocados então foi que ele então do lugar na hora certa ele se bumbificou ele se saltou ele se formou !
Mas você parece que não sabe ainda que o que adeja forma uma ponte entre os instantes de nadas que são o colar que uso quando trafego entre os trapiches para acontecimentos aéreos que desembarcam dos céus e palcos desde descercamento conduzido de coisas que ainda não se vêem mas que estão plantadas movendo-se atuando sobre aqui , coisas e seres que há pouco é que chegaram e muitos outros acontecimentos, plantações de acontecimentos que são os seres que estão chegando pousando por toda parte os novos seres os coqueirais os palmares que se alastram sem limites por todas as ilhas estampindo aqui e em muitos sucessivos longes elas nascendo por todo esse lugar imenso que ainda não se compreende em suas concavidades e em que mais eu me insisto e me entoo agora em ficar e deambular para sempre e me mover com coisas lentas em formação nas mãos, coisas de cadências, tufos de silêncios faladores misturados com todas as ausências com tudo o que ainda não aconteceu que passam pouco a pouco a serem recordadas e recompreendidas. Caminhando em preparação de si mesmo vou compondo com o próprio olhar as cenas e cenários que me vêem de cujos velames ventilados me aproximo e participo com enlevo tornando-os sagrados com a palma protetora da atenção terrestre,. São mesmo mulheres e homens novos , são garotos desatrelados aqui e ali de suas origens que dispõem-se a mostrar nos palcos rochosos nas mesetas minhas plataformas prediletas meus tablados vulcânicos meus granitos e nos terrenos aplainados por seus pés dançarinos desenhantes, são elas que estão trazendo as frutas imensas de formatos de galáxias , esses desenhos antecedentes, essas formas prenunciadas do que está chegando aqui com as portas do céu reabertas por onde escapam, amontoam-se por todas as novas tardes da terra, em matérias de oferecer-se .Tudo o que era velho, que ameaçava nos tragar sumiu num estampido de sumiço quando da entrada-estrondo de Medulah-ulah-long no novo céu abrindo as suas comportas. Pois as coisas aqui vagam agora numa planície de sussurros que fecundam novas origens pois agora é assim pois somente que o quê se materializa bem nesses recursos, nessas novos engates para conformações surpreendidas, o que aterrissa, aqui vem se envolver conosco numa entidade imensa de celebrações e novos rituais que a si mesmo vão se criando e se reengendrando. Vejo agora mesmo que quase todo a gente de Goa à praia vem chegando numa procissão que traz da velha montanha num imenso caldeirão de bronze ou cobre ou jade um dos velhos, hostis e hoje em dia desnecessários humores que rebrilha um líquido de sentimentos esquivos fumegantes de cóleras e horrores. Vão trazendo esse incômodo sentimento da geografia anterior da disposição das rochas antigas nesse andor, esse líquido esse sentir, esse pavor essa tristeza essa calda espessa vermelha de ódio antigo remanescente vão movendo de um ponto a outro da ilha dos territórios dos deltas estuários, esse sentimento encaudeirado do que sobrou do universo anterior é transportado até à praia….Eles, todo o povo que contara, que cantara, todos eles vão agora com cuidado, com gestos e litanias de exorcismo levando o caldeirão fervente dos sentimentos arcaicos até então hermeticamente retidos em velhas cisternas limosas da montanha até um estaleiro de um templo mítico de ogivas brancas. O pavoroso sentir dos anteriores tempos é então lançado, seu líquido de fervimentos contrários abandonado esfriado ao mar, afastando-se definitivamente de mim.
Esses novos livros recém-chegados do céu em pára-quedas na forma de orquídeas brancas das quais são os pólens dourados intensos de energia dos estames são livros de poesia narrativa das histórias de grandes deslocamentos, de migrações imensas religiosas, magnéticas e ainda incompreensíveis de povos alados, escritos com as alegres gritos da luz,com impressas gargalhadas sem fim timbradas em frases zunentes cujas letras são pequenos relâmpagos gráficos horizontais. E são escadas ondulantes muito altas que vão até as portas súbitas, escancaradas dos céus encadeados agora uns nos outros pelo túnel eixo aberto por ação do vôo da trajetória armada de um trilhão de vozes de todas as histórias fantásticas contadas todas ao mesmo tempo construído sibilantemente pelo impulso do vôo infinito de Medula-ulah-lung o mais-que-dragão de novas vibrações o raio. Ainda está impresso no curvo céu o rastro o arco que parece de fumaça mas que não é mas que é sim o fervimento dos antigos espaços interditos remexidos, entreabertos, deslocados, rompidos numa nuvem. Não sei por que ainda as chamamos de livros as estas semeadas escadas de frases luminosas de degraus elevando-se ondulantes sinalizando-se por toda a nova Goa, escadas que escadam, que apontam os caminhos – por onde pairaram os meteoros – para o alto desde que houve o reengate entre o empíreo e a terra nesta árvore de novas estrelas ancestrais que azulam e refulgem os seus percursos enquanto eu vou me modelando ainda mais na atmosfera do novo céu amarelo, em sua imensa abóbada de ouro cujas milhares de novas estrelas indicam a posição dos mais novos santuários exatamente nos lugarejos onde luzem essas escadas balançantes desde os ramos invisíveis de seus ângulos. São as portas de entrada para todos os mundos. São as portas que – o raio-ser de todas as estórias – Medula-ulah-lung estalampejou ao trazer para cá o novo céu!
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