Divino Gibi


 

No dia 27 de maio de 2017, meu amigo Jaa Torrano lançava seu segundo livro de poemas, o “Divino Gibi”. O livro também é, depois dos “Poemas Conceptovisuais”, do E M de Melo e Castro, a segunda realização do selo Neûron, produzido e organizado por mim e pelo poeta e tradutor Rodrigo Bravo; trata-se de mais uma iniciativa do Grupo Neûron de Literaturas Experimentais.

Conforme escrevi no prefácio do “Divino Gibi”, conheci Jaa Torrano por meio de seu célebre estudo e tradução da Teogonia, de Hesíodo – minha edição é de 1986, Roswitha Kempf Editores, formato 11×15 –. Anos depois, por volta da virada do século XX para o XXI, tive o prazer de conhece-lo pessoalmente, quando fui efetivado no Departamento de Linguística da FFLCH-USP, a mesma faculdade em que Torrano é professor Titular da cadeira de Grego Clássico, no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas. Já no século XXI, em 2009, participei da edição de outro livro seu, A esfera e os dias, lançado no selo [e]ditorial, da editora Annablume – dessa vez, tratava-se de livro de poesias do próprio Torrano –; agora, em 2017, participo da edição do Divino Gibi.

Considerando que falamos de alguém reconhecido internacionalmente no meio acadêmico, o que teria o professor e tradutor de Grego Clássico, especialista em tragédias gregas e diálogos platônicos, a dizer aos leitores de poesia brasileira contemporânea? Antes de tudo, como definir tais leitores?

Há muitos bons poetas na literatura brasileira contemporânea, conheço tantos que seria injusto citar apenas alguns, mesmo que para, simplesmente, ilustrar isso. Todavia, há muitas bobagens circulando entre nós, entre elas, cabe mencionar duas: (1) a valorização tardia da velha poesia confessional; (2) a ideia espúria de desprezar os clássicos, mesmo sem saber bem o que seriam “os clássicos”.

Ninguém pretende desvalorizar a poesia sentimental, quem lê Federico García Lorca ou Juan Ramón Jiménez jamais faria isso. Todavia, o que se tem levado a cabo, em termos de poesia confessional, não passa de transcrições de diários íntimos pueris, que ganham forma de poesia por meio de versos construídos apenas em função dos constituintes sintáticos da oração. São duas questões textuais: a primeira, diz respeito às formas de conteúdo; a segunda, às formas de expressão.

Quais são os temas da poesia? O que cabe na literatura? Para responder, há a necessidade do mínimo de familiaridade com os muitos temas desenvolvidos por poetas e prosadores, ao longo das histórias das literaturas, com, justamente, a finalidade de saber como se colocar diante do papel em branco, sem ingenuidades, na hora de escrever. Quando Fernando Pessoa concebe os heterônimos, antes de o fazer em função de seus “sentimentos” – difíceis de decifrar, uma vez que, segundo ele mesmo, seriam fingidos –, o poeta o faz tendo em vista três respostas à literatura tanto dos pares quanto dos antepassados: (1) Alberto Caeiro responde à tematização da natureza; (2) Ricardo Reis responde às leituras dos clássicos; (3) Álvaro de Campos responde ao futurismo. Por isso mesmo, há muito mais entre a inspiração e os sentimentos do que imagina a vã subcultura burguesa e a inflação do ego, disfarçada de emancipação do eu, com seus amores impossíveis.

Não basta fazer do poema o relatório dos danos do cotidiano, como se fosse diário íntimo, um blog, o Facebook; isso quase todo mundo faz e talvez, portanto, seja tão fácil ler essas poesias. Dar à poesia essas formas de conteúdo é fazer com que ela se conforme ao mundo, submissa, em vez de transformar o mundo por meio do discurso, esse sim, o suporte do pensamento humano.

O mesmo pode ser dito a respeito das formas de expressão. Abolir o verso não significa deixa-lo à revelia da sintaxe, pois é esse o critério que muitos poetas, em nome da liberdade, seguem ignorando que seguem. A música que toda prosódia carrega desaparece de boa parte da poesia brasileira contemporânea; a riquíssima tradição do verso em língua portuguesa parece restrita à disposição dos constituintes da oração. Em termos bastante simples, sendo a oração formada por sujeito + verbo + complementos + adjuntos adverbiais, nossos poetas tendem a construir versos, por exemplo, assim: sujeito + verbo / complementos / adjunto adverbial / adjunto adverbial / adjunto adverbial. Ora, isso não é verso, isso é prosa em que foi dado enter no teclado – não é fácil compreender como tal prisão sintática pode ser chamada liberdade criativa –.

No meio de tamanha fragilidade literária – e, porque não dizer, de vida, em suas dimensões eróticas, intelectuais e, até mesmo, sentimentais –, há ainda aqueles que desprezam “os clássicos” e desdenham daqueles que se opõem a tamanha infantilidade. Os clássicos possuem função muito maior do que a fruição poética; eles são obras com modelos ímpares de conduta humana.

O Mahabharata me ensina política – a passagem do jogo de dados entre Duryodhana e Yudishsthira, as soluções de Draupadi em relação ao Dharma – e o que poderia ser êxtase religioso – evidentemente, refiro-me aos versos do Bhagavad-gita –; a Ilíada me ensina constantemente a lidar com a ira e com os idiotas – Aquiles e Palas Atena contra Agamenon –; a Odisseia me ensinou a mentir – a retórica de Odisseu diante de seus amigos e inimigos –; há mais ensinamentos sobre amar na Eneida – o amor entre Dido e Enéias – do que em todo sentimentalismo contemporâneo. Mas seriam estes os clássicos a que se referem aqueles que desdenham de ler? Estariam eles falando de Dante e Ariosto? Mas Dante é medieval e Ariosto, renascentista. Todavia, nada como o esoterismo de Dante e o tema da cavalaria em Ariosto – os atuais leitores de R. R. Martin, com certeza, se conseguissem superar os preconceitos que cercam a composição por versos, iriam se surpreender com as aventuras de Orlando Furioso –. Trata-se do Barroco? Mas como não adorar Satã e sua rebelião contra os valores reacionários da monarquia e do cristianismo, n’O Paraíso Perdido, de Milton? Trata-se dos românticos? Fica difícil compreender o mundo burguês e como nele viver sem admirar as relações entre Fausto e Werther, ambos de Goethe. Enfim, será que os ignorantes por falta de instrução falam dos modernos quando se referem aos Clássicos? Deveríamos deixar de ler Ezra Pound, James Joyce, Stéphane Mallarmé, e. e. cummings porque são difíceis de entender? Se a questão é com a língua portuguesa, devemos desprezar Fernando Pessoa, Ana Hatherly, E M de Melo Castro, Pedro Xisto e Edgard Braga pelos mesmos motivos? Parece que, para aqueles que desprezam a leitura dos Clássicos, Clássico é todo e qualquer texto mais sofisticado do que a leitura de crônicas ou a audição da lamentável MPB.

Nesse cenário quase desastroso, em que inclusive alunos de Letras desprezam os “Clássicos”, como soaria a voz de autores como Jaa Torrano, que, ao contrário de desdenhar dos leitores com poesia fácil, exige a atenção dos mais atilados e motivados pela inteligência? O Divino Gibi é acompanhado do subtítulo “crítica da razão sapiencial”, significando, entre outros sentidos, que se trata, também, da sabedoria adquirida com o passar do tempo, advinda com a idade, capaz de separar os que a têm – os idosos – daqueles que não a possuem – os velhacos –. Dito de outro modo, entre outros temas, no Divino Gibi são tematizados os ensinamentos do mestre a respeito da própria mestria.

Para tanto, o livro tem seis seções: (1) proêmio: agenda sem data, (2) do amor, (3) da família, (4) do estudo, (5) do mundo, (6) posfácio itifálico. Podemos nos deter, em linhas bastante gerais, em cada uma delas:

(1) “Proêmio” quer dizer, em grego, “diante do caminho”; no caso das aulas e dos livros, quer dizer “introdução”. Isso posto, o proêmio do Divino Gibi tem uma designação: “agenda sem data”. Como bem explica Rodrigo Bravo no posfácio do livro de Torrano, “agenda sem data” refere-se aos tempos do mito. O mito está fora das relações temporais; mitos não se articulam no tempo que transcorre em antes-durante-depois; o mito é extratemporal, por isso mesmo, sem data. Ora, na literatura grega da antiguidade, o mito tem essa extratemporalidade, por isso mesmo, ele ocorre a todo momento; tudo se passa como se tudo fosse epifania divina. Cerveja? Epifania de Ceres; maconha? Epifania de Dionísio – segundo Torrano, Deus não apenas do vinho, mas de toda seiva vegetal –; e assim em diante…

Tal concepção, que se estende ao longo do livro – ele mesmo, outra epifania –, está explícita no poema “Teofania”:

 

TEOFANIA

Se um Deus nos espreita

na dobra duma esquina

e interpela com palavras

ouvidas a mais ou a esmo

nas aparências do mundo

a sabedoria fica em dúvida

e a suspicácia em dívida.

 

Nada é a esmo; sob a aparência das coisas, revela-se a dialética dos deuses, cada qual em seu respetivo domínio. Desse ponto de vista, saber ouvi-los é colocar em questão o próprio saber.

(2) “Do amor” é, a rigor, a primeira parte do Divino Gibi. Nessa primeira aula, o autor nos fala sobre o Amor, mas está bem distante do que se esperaria de um professor de estudos clássicos tratando do tema. Não são mencionados amores trágicos ou platônicos, também não há menções a ritos hierogâmicos, baseados no sexo. Torrano discorre, antes de tudo, sobre as muitas formas que o amor assume não em função de si mesmo, enquanto sentimento humano, mas em função do amadurecimento do amante.

Esta é sua arte de amar, quando o amor alcança sua plenitude na ausência de todas as tolices que se projetam sobre ele:

 

A ARTE DE AMAR

Ouvia tuas estultícias

outrora por graças de cada dia

mas agora sem estultas graças

outras graças me comprazem

com a ausência de estultícias.

 

Entretanto, esse amor não se recolhe apenas na sobriedade, que não se confunde com falta de interesse sexual. Embora idoso, por isso mesmo pretendendo-se longe das tolices, o amante não se priva do prazer diante das amantes mais novas, apenas assume outro ponto de vista diante delas.

 

COMPOSTURA

Contemplar as belas

feito cão famélico

combina com as cãs?

O velho respira a custo

os ares de compostura.

 

Cotejar a negação das tolices da juventude com a custosa compostura dos mais velhos diante da beleza das jovens sugere que a ansiedade seja outra tolice a cercar o amor, isso se depreende dos quatro primeiros versos do poema. Em sua retórica de homem velho, porém, tudo indica que a compostura não significa o fim do sexo – o velho impotente –, mas novas compreensões das epifanias da beleza.

(3) “Da família” é a secção seguinte. Dessa parte, escolhi o poema “Oráculo”, em que Torrano, citando Fernando Pessoa em seu heterônimo Alberto Caeiro, resiste à moral cristã, opondo-se a ela com valores do paganismo.

 

ORÁCULO
Maria, não sejas mala!

Alada, és muito mais

leve do que sem alça.

 

No poema de Caeiro, A Virgem Maria é comparada às malas, já que seu corpo serve apenas para carregar o Cristo, privando-se de todo prazer, não apenas o sexual em sua imaculada concepção. Alada, sendo capaz de voar, a personagem da mitologia cristã surge transfigurada em outros mitos, portanto, transcendendo sua condição de mera subordinada nos planos do Senhor. Entre as muitas conotações que esse voo pode desencadear, estão, sem dúvida, as eróticas, devolvendo a Maria sua porção divina.

(4) Da secção “Do estudo”, escolhi os poemas em que Torrano tematiza o fazer poético, insistindo não apenas nas formas de conteúdo, mas, enfaticamente, nas formas de expressão, isto é, na engenharia dos versos:

 

RECEITA CASEIRA

Os poetas de minha terra

na idade da suspicácia

não pensam que se faça

poesia com sabedoria,

mas com raios à espreita

atrás das imprevisíveis

curvas de cada versos.

 

POUCO LOUCO

A comedida medida

cometida na meta

deste cometimento

de comedir a medida.

 

Fazer versos considerando também suas formas de expressão não significa prisão a métricas e gêneros preestabelecidos, mas guiar-se pela imprevisibilidade gerada por estes mesmo gêneros e suas regras. Contrariamente ao que se poderia pensar, transitar pelas melodias e ritmos da entonação na metrificação da poesia é tão lúdico quanto transitar por seus conteúdos. Palavra também é som; a poesia do som também surpreende, ainda mais quando remete à poesia dos conceitos, segundo Torrano, escondida nas curvas dos versos.

Ratificando o que foi dito sobre a epifania das divindades pagãs, vela a pena ler o poema a “Tradução da tragédia”, em que tal epifania é explicitamente tematizada:
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A TRADUÇÃO DA TRAGÉDIA

Por ser tão bela

clara verdadeira ilatente

numinosa e – por que não? –

divina a tradução da tragédia,

acribia e ícone se veem.

Por ser tão bela

em sentido originário

o leitor comum se torna

contemporâneo dos Deuses.

 

Para o poeta, traduzir as tragédias é participar, na medida em que a poesia é vertida em poesia, da sua composição. Nessa participação, enquanto coautor, o poeta vive sua epifania ao lado dos deuses, a seus modos, também autores por meio da epifania.

(5) “Do mundo” é também a secção em que são tematizadas as drogas – outra epifania, não se pode esquecer –. Em “Atopia” é tematizado o vinho; em “Luz universal”, a maconha:

 

ATOPIA

O mundo será o lugar perfeito

quando puder plantar videira

nas floreiras do apartamento.

 

LUZ UNIVERSAL

Um pé de júbilo em flor

ilumina todo o universo

por meses a cada messe.

 

Na introdução de sua obra “Os mitos gregos”, Robert Graves comenta outro trabalho seu, “O que comiam os centauros”, em que se levanta a hipótese de que a ambrosia, o alimento dos Deuses, poderia ser feita a base de cogumelos alucinógenos. As drogas, inclusive o álcool, podem abrir caminhos para a percepção e a consciência; até o cristianismo, com seus princípios conservadores, identifica o sangue de sua divindade ao vinho. Não se trata de fazer um estudo sobre as drogas e os êxtases religiosos, apenas de salientar que, entre seus ensinamentos, esse professor titular parece conhecer as epifanias de Dionísio e Deméter não apenas por meio da literatura.

(6) A última secção é o “Posfácio itifálico”. Itifálico significa “pau duro; uma boa tradução seria “posfácio da rola dura”. Epifania de Hermes, esse pau duro permanece antenado com o sexo, evidentemente, mas também com tudo o que Hermes significa: poesia, música – Hermes é o inventor da lira –, comunicações.

 

ERETO

Itifálico Hermes

vigilante alerta

observa o ermo.

 

Contrariando a imagem do professor pudico, do idoso assexuado, do classicista emasculado, Torrano investe na virilidade.

 

***

 

Por fim, terminada essa breve ilustração de sua poesia, resta tecer alguns comentários a respeito da forma de expressão escolhida por Jaa Torrano: poemas breves e concisos. Entre epopeias e tragédias, formas longas e prolixas, são também da Grécia Antiga as formas breves e concisas dos epigramas. Em sua origem, epigramas são inscrições tumulares que, uma vez ressignificadas pelos poetas, tornaram-se forma poética recorrente na literatura antiga.

Não cabe aqui aprimorar as definições de epigrama, nem recontar sua história enquanto gênero literário, todavia, é possível traçar alguns paralelos entre ele e a poesia breve e concisa de Jaa Torrano. Os poemas de Torrano são breves, mas não são haicais, sejam haicais mais tradicionais, sejam inovadores; nem poesia marginal, como são os poemas breves de Leila Míccolis, Cacaso e Ana Cristina Cesar; tampouco são poemas concretos, como os poemas de Augusto de Campos, muitas vezes, próximos das máximas dos epigramas. Os poemas de Torrano não são haicais porque não tematizam o satori; não são poesia marginal porque dialogam com o discurso acadêmico com bastante ênfase; não são poesia concreta porque são analítico-discursivos, não são sintético-ideogramáticos. Seriam epigramas modernos? Talvez. Contudo, apesar das definições com que possam ser sistematizados, os poemas de Torrano são singulares; em sua crítica da razão sapiencial, Torrano elabora um gênero literário bastante original.

Se, para os Modernos, as virtudes da dialética – diria Francisco Achcar, outro professor de estudos clássicos – servem para demonstrar quase tudo, para os Pós-Modernos, há a desconstrução. O que seria desconstruir Jaa Torrano? Despojá-lo de sua autoridade afirmando que qualquer forma de saber vale a pena? Quem sabe, ir além seja desconstruir, justamente, essa afirmação tosca e precipitada, e buscar ler, em sua poesia, o professor de Grego Clássico que, em vez de se limitar a reproduzir citações de Homero a Aristóteles, propõe-se a revitalizar, enquanto homem de sua época, outras mitologias, inclusive, a Grega.

Citando novamente a Ilíada, a passagem a que me referi quando comento como a literatura clássica me ensina constantemente a lidar com a ira e com os idiotas, relembro, do primeiro canto, a passagem envolvendo Aquiles, Palas Atena e Agamenon em que, ofendido pelo monarca espartano, Aquiles cogita investir contra ele e sua prepotência. Palas Atena, porém, segurando Aquiles firmemente pelos cabelos, alerta seu protegido das consequências de matar o rei. Nesse momento, o herói, retendo sua ira, reflete “quem ouve os deuses, também é ouvido por eles” – I, v. 218: hós ke theoîs epipeítethai mála t’ ékluon autoû –. Quando falo do modo de ser mitológico de Jaa Torrano, falo, justamente, de estar atento a epifanias semelhantes, isto é, saber ouvir, ler, ver, ponderar.

 

***

 

O pdf completo do DIVINO GIBI está à disposição no site do Grupo Neûron de Literaturas Experimentais, neste endereço:

http://gruponeuron.com/2017/08/03/divino-gibi-jaa-torrano/

 

 

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Antonio Vicente Seraphim Pietroforte nasceu em 1964, na cidade de São Paulo. Formou-se em Português e Lingüística na FFLCH-USP; fez o mestrado, o doutorado e a livre-docência em Semiótica, na mesma Faculdade, onde leciona desde 2002. Na área acadêmica, é autor de: Semiótica visual – os percursos do olharAnálise do texto visual – a construção da imagem;Tópicos de semiótica – modelos teóricos e aplicaçõesAnálise textual da história em quadrinhos – uma abordagem semiótica da obra de Luiz Gê. Na área literária, é autor de: – romances:Amsterdã SMIrmão Noite, irmã Lua; – contos: Papéis convulsos – poesias: O retrato do artista enquanto fogePalavra quase muroConcretos e delirantesOs tempos da diligência; – antologias: M(ai)S – antologia SadoMasoquista da Literatura Brasileira, organizada com o escritor Glauco Mattoso; Fomes de formas (poesias), composta com os poetas Paulo Scott, Marcelo Montenegro, Delmo Montenegro, Marcelo Sahea, Thiago Ponde de Morais, Luís Venegas, Caco Pontes, mais sete poetas contemporâneos; A musa chapada (poesias), composta com o poeta Ademir Assunção e o artista plástico Carlos Carah. E-mail: avpietroforte@hotmail.com




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