Ouvi!


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Conhecer Matheus S. B. depende de uma boa dose de vitamina…

Faz algum tempo, quando comecei a ler e a estudar a Literatura Brasileira Contemporânea, elaborei um sistema básico, formado por quatro regimes de realização poética. Isso faz tempo, quase dez anos atrás… eu buscava sistematizar, sob o mesmo e mínimo denominador formal, as poesias concreta e beat, que eu acreditava serem as influências mais presentes nos poetas de nossos tempos. Para os adeptos da dialética, a síntese entre duas análises… para os adeptos da semiótica, a complexificação entre dois termos contrários.

Pensando que o poeta pode afirmar a descontinuidade das linguagens verbais, revelando as articulações linguísticas que sustentam o léxico e a sintaxe, ou, contrariamente, afirmar sua continuidade por meio de fluxos prosódicos, deduzi dois regimes de engenharia poética: (1) o regime dos poetas linguistas, aqueles que desmontam o verbo por meio de imagens, como se a poesia fosse pintura; (2) o regime dos poetas pregadores, que fazem poesia por meio de temas e variações, como se fosse música. Em termos mais específicos, poetas concretas e poetas beats, respectivamente.

Esses dois limites definem um eixo de realização poética, que admite mais dois regimes: (3) os poetas conversadores, que negam a desconstrução poética dos linguistas, aproximando a poesia da fala; (4) os poetas arquitetos, que negam a prosódia desbragada dos poetas pregadores por meio de versos metrificados e de formas fixas, como sonetos, haicais, etc.

Meu amigo Matheus, sem dúvida, é poeta pregador; sua verve se concentra no fluxo prosódico e seus desdobramentos. Sua pregação, todavia, embora seu modo de composição o aproxime da poesia beat e do jazz – Matheus é pianista, ele conhece música de verdade, e não a lamentável MPB de sempre –, não segue o budismo ou os estados alterados de consciência por meio de drogas alucinógenas. Matheus segue pela mística judaica e suas drogas são bem mais corrosivas do que o peiote.

Em 2016, o poeta Moacir Amâncio publicou Matula; creio seja o primeiro livro de poemas, em língua portuguesa, de ação afirmativa do judaísmo. Longe da imagem banalizada do judeu alquebrado pelo holocausto e pelas perseguições da inquisição cristã, o judeu de Matula é forte, ele resiste, como nos cercos de Masada.

Deixando-se influenciar por Matula, Matheus, em vez de seguir pelas arquiteturas de Moacir Amâncio, faz a versão beatnik da resistência israelita. Matheus me lembra outro judeu, o saxofonista John Zorn e sua estética do novo poder judaico. Mas não se engane, caro leitor, Matheus não é um Rabino; além da vodca, muitas coisas correm naquelas veias. Quem souber lerá nas entrelinhas dos versos…
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“Ouvi!” pode ser lido como um único e longo poema. “Ouvi!” é anagrama de “Uivo”, a referência é explícita a outro judeu, o poeta beat Allen Ginsberg, cuja poesia é objeto de estudos e traduções por parte de Matheus. Segundo o poeta do “Ouvi!”, o poeta do “Uivo” merece melhores traduções, enfatizando a prosódia do inglês, traduzindo não apenas os conteúdos narrativos dos versos, mas sua prosódia rítmica e melódica. Além disso, Matheus dá devida atenção aos temas judaicos presentes na poesia de Ginsberg, buscando fazer o mesmo em seus próprios versos.

Em linhas gerais, do mesmo modo que “Uivo” pode ser lido como épica da geração beat, “Ouvi!” é uma epopeia pessoal de Matheus diante de suas escolhas mitológicas, isto é, diante de suas visões de mundo, justamente aquelas que dão suporte a seus pensamentos. Desde o início, isso fica evidente na dedicatória:
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Dedicatória
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Escrevo ao phílos deste livro em gene de Sião
(Ciência em função da relatividade)
Pela linguagem que nas Eras
Estabeleceu o Maximalismo.

Ao phílos que agarrou o
Verbo & à Dádiva
Atrelou-se à alegoria das
Imagens singulares para
Ser
Um ser moldado pelo
Sopro que livrou o
Verbo.

Sua boca é o dique dos
Neurônios criado à contenção dos
Astros que rompido escorre
O leite – sem parar – em finas orlas
Que prenunciam sucessões de Erros
& o Mel tão tátil quanto o dáctilo que
Se oculta a se perder de vista
No cume acima do alto da Palavra
Mínima.
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Vou me deter em três menções, que aparecem nos versos: (1) Sião; (2) Maximalismo; (3) Palavra Mínima. Sião, evidentemente, é o Monte Sião, localizado em Jerusalém, próximo à muralha da Cidade Antiga e relacionado ao Monte do Templo, por sua vez, local sagrado para o Judaísmo. Ora, por isso mesmo, Sião é metonímia do judaísmo, ação afirmativa levada a cabo por Matheus em sua luta; desde o primeiro verso, Sião orienta a gênese da poesia de “Ouvi!”, identificada, no caso, à gênese do judaísmo em Matheus.

O Maximalismo, escrito com letra maiúscula, mencionado na primeira estrofe, é uma estética específica. O termo Maximalismo vem da música, ele foi introduzido, em 1983, pelo compositor brasileiro Flo Menezes. Nas próprias palavras do compositor: “o Maximalismo consiste na elaboração de múltiplas referencialidades”. Atenção, elaboração de múltiplas referencialidades não pode ser confundida com citações de obras alheias; isso pode até estar presente na ação Maximalista, mas se trata, antes de tudo, de desenvolver elos entre as estruturas das obras, e não entre suas superfícies. Faz alguns anos busco aplicar o Maximalismo na literatura; depois de conhecer o Flo Menezes pessoalmente e quando travei amizade com meu parceiro Rodrigo Bravo e, por meio dele, com o músico Sílvio Moreira e os poetas Rogério Brugnera e Matheus, resolvi levar a ideia adiante de forma coletiva. Pois bem, “Ouvi!” se faz por meio de múltiplas referencialidades: estamos na primeira estrofe e analisei, em linhas gerais, apenas duas palavras.

Contrariamente, o poema termina na “palavra mínima”; segundo Matheus, o nome de Deus, que, enquanto Logos, compreende todas as coisas. Identificado ao pensamento, tempo e espaço, e à matéria e energia, esse Logos, no poema “Teogonia Massorética”, inicia a teogonia hebraica em silêncio e encerra-se na formulação de Albert Einstein E=mc2.

 

Teogonia Massorética

A hebraica Teogonia é o
Silêncio o cálido Sopro & o
Verbo.

Vasta cósmica matéria
Enorme Massa atômica
& numerosa terra assinalada
Com ânsia ímpar aguardavam a moldura
A formulação das possíveis dimensões
& o Sul sondava o Norte tal o Leste
Se espreitava a Oeste.

Cortando o abismo o Nilo
Celestial ainda alvo e profundo
Queria sua sina de fertilizar.

Mas a silhueta Omniformis esperou
Cerrada em Si tecendo a
Equação fundamental.

& Suas visões primordiais se
Esvaziaram ao instante do triunfo ao
Som Primeiro…

& tal soar inevitável da
Palavra Una Criadora era o
א desmembrado em cinco –

……….A coroa                             E
……….O corpo                             =
……….Atravessa & ………………M
……….Abaixo o certeiro ………..C
……… Fim………………………….2

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Os massoretas ou massoréticos eram escribas judeus dedicados a preservar e cuidar dos textos que atualmente constituem a Bíblia hebraica. Em sua poesia, Matheus comporta-se semelhantemente a esses escribas, não no que diz respeito a preservar as escrituras sagradas por meio da filologia, mas à sua propagação por meio dos diálogos da tradição com a literatura; nesses 4000 anos de poesia judaica, Matheus faz versos de inspiração literário-religiosa.

Sua religiosidade, longe de ser somente mística, é também política – vale lembrar –; sua militância ressoa nos versos de “Lenhador”, em que são feitas menções ao poema “Na ibéria em chamas”, de Moacir Amâncio, publicado em Matula. Eis o poema de Matheus, seguido do poema de Amâncio:

 

Lenhador

Vai o Lenhador da
Estepe empedrada enquanto a
Babilônia explode a
Cartago de mal-afortunada Dido
Atrás de si.

Mas ele vai e vai &
Caminha.

Buscando a
Terra Prometida e se embebedando da
Sarça no
Cume mais alto do
Fogo Divino.

& ao tragar fatigação destas ímpias
Fantasias que são mó de trigo em trigo
Triturando pousou à tíbia a
Férrea mão que empunha
Traços e as garras harpias que abrem
Caminho na floresta de
Pinhei-
………………….Ros se
Curvando ante a ventania múltipla.

Louva com seu machete ao tombar
Troncos de tormento – o trabalho artístico
Extração do óleo puro da Menorá
Purgadora de imundícies – sua
Oferta genuína ao
Sacro sacramento que
Apronta os fortes às
Delícias.

Consciente de que a entrega inconteste
Reserva seu lugar nas hostes radiantes da
Eclesiástica radiação
Leva sobre as
Costas cada
Galho caule flor & pólen ao altar da
Inquisição
Convidando a uma
Secreta comunhão de
Tronos Virtude e Dominação todos que foram
Atravessados pela
Adaga cristalina.

Mas desta vez condenado a como o
Nazareno crispar a sua morte o
Mártir-Lenhador chora as dores de
Ezequiel.

& ao despontar da
Vênus sibilante foi sua
Nudez herege que recebeu a benção
להדליק נר של שבת
Das Matriarcas em
Jerusalém.

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Eis o poema de Moacir Amâncio, amigo e professor de literatura hebraica do Matheus:

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Na ibéria as chamas

na ibéria as chamas
cresciam das masmorras
com lenha local
e dos aquém mares
onde dispersava
se em relva sem nome

 

Nesse último poema – como já afirmava quando resenhei o livro Matula, tanto na Musa Rara quanto na Carta Maior – o tema é explícito: trata-se da perseguição aos judeus realizada pela Santa Inquisição, representada em duas de suas figuras mais tenebrosas: (1) as masmorras, onde se realizava a tortura em nome de Jesus; (2) as fogueiras em que judeus, mulheres e inclusive seus próprios santos, a igreja católica cuidou de queimar, imersa no fanatismo religioso, que a caracteriza desde os tempos de Jesus.

Em “Lenhador”, Matheus retoma o tema do judeu levado às fogueiras e queimado, pelos católicos apostólicos romanos, como se fosse lenha, mas não sem antes enfatizar seus percursos históricos até então. Diferentemente de Moacir, Matheus enfatiza a transcendência alcançada pelas vítimas por meio da benção להדליק נר של שבת – lehadlik ner shel shabat –, que significa “acender as luzes de shabat”, a benção que se faz antes de começar esse rito, normalmente feita pelas mulheres. Nos versos, em metáfora contundente, Matheus compara os judeus em chamas às chamas daquelas luzes, levando a crer que a vítima, ao arder, torna-se a fênix renascida, deixando de ser apenas vítima do degredo, mas resistência constante, que nunca fenece.

 

*          *          *

 

A leitura em voz alta dos poemas de Matheus pode, aos ouvintes sensíveis, salientar a musicalidade que o leitor atento, com certeza, percebe imediatamente. Longe de fazer versos livres dando “chutes” prosódicos, Matheus metrifica seus poemas encadeando pés de versos com consciência. No poema “Fome de Forma”, em que cita o poema homônimo de Haroldo de Campos, explicita-se esse procedimento:

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Fome de Forma
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Da natureza ainda que livre jamais
Retomarei a forma neuronal de outrora
Mas formas outras como as de Homero e Ezra –
Sede os mestres de meu canto e por meu Cálamo
O pigmento que execute os mesmos hexâmetros
Aos sábios talmudistas de Jerusalém –
A cada inflar do átman com gasosa Sarça
Refaz-se a forma antiga mais aprimorada
& e a cada inalação do ázimo voraz
Com mais velocidade se perfaz a ideia
E muitas outras a congestionar o cérebro
Travando o Cálamo à procura de palavra
Mais exata à finalidade deste hexâmetro
Ou sílaba que soe consonante ao verso.

 

O poema é construído por meio de relações entre formas de expressão e formas de conteúdo, em que ambas se citam mutuamente. O quinto verso, “O pigmento que execute os mesmos hexâmetros”, é apenas um exemplo disso; o verso cita suas formas de composição seja na expressão prosódica no verso de 16 sílabas, seja no conteúdo semântico, em que a composição do hexâmetro está narrada. Em linhas gerais, no poema é tematizada a composição poética, fazendo alusão às referências literárias de Matheus, mas ainda a suas construções prosódicas, basta escandir o poema – como fiz com o quinto verso – para verificar isso.

Citam-se, também, outros processos de composição poética além dos estritamente literários. Percebe-se que sua poética transcende a reflexão metalinguística, mas vale-se dela para fundamentar a poesia em suas práticas cotidianas. Em outras palavras, para Matheus não faz sentido a separação entre poesia voltada para a linguagem e poesia da vida.

Retomando a estética Maximalista:
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Oferta Maximalista

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Em prol do Precursor que pronuncia a Voz
Elétricas palavras de cisão das águas
Da foz do Nilo ao cubo à quarta à infinita
Potência atravessamos em demoras ínfimas
A ponta da lamínula das divindades
Do nexo quando mede os versos de Catulo.
Pois dádiva maior que se conceda a nós
Não há por Este que afinou esticométrico
Centenas de milhares de milhões de fios
& permitiu que detivéssemos poder
De sustentar o choque da fissão primeira
Tranquilamente protegidos pelas letras
Nervosas corrosivas & aniquiladoras
Do Massorético & Versificado Verbo.
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Em linhas gerais, nesse soneto feito de versos alexandrinos – versos formados não apenas por doze sílabas, mas com acentuação na sexta sílaba, isto é, bem no meio do verso –, Matheus descreve a criação do cosmos por meio do Logos, identificando cosmogonia com poesia. Em seu soneto, o mundo surge por meio de versos seja na narrativa, seja nos versos alexandrinos; no poema, fazer versos por meio da esticologia – a ciência dos versos – coincide com a concepção do mundo. Nesse sentido, sua práxis maximalista tende à metafísica.

Matheus, sempre cavalheiro, não se esquece de dedicar um poema para mim em seu primeiro livro de poesia, outro soneto em versos alexandrinos:
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Dádiva Seráphica

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Jamais hei de esquecer da fascinante entrega
Do Cálamo Maximalista – ó Seraphim –
Que verde prolifera a Flora desde a Voz
Do Uno a semear na terra em densa névoa
Vindouras flores que são ervas insondáveis
Cuja macela campesina me conduz
A celebrar a muscular tensão do Neûron
Tal Sarça que anuncia ao gago o vaticínio
& apelos de coragem em velejar à luz
Do início os lagos de papoula e de papel.
Coragem – ó Cientista Louco da Linguagem –
Me assaltas com venenos psilocibina
& perco-me entre imagens & velocidades
Ao corroer os nossos cérebros com ázimo.
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A estética maximalista retorna; alusões ao filósofo e revolucionário Timothy Leary. Maximalismo e expansão da mente; a arte pontencializada ao máximo e os estados alterados de consciência confluem para tensionar o neûron: célula cerebral, para nossos biólogos; corda da lira, para os poetas gregos.

Por fim, um poema do Matheus que foi chamado pelo poeta João Krefer remix de Augusto dos Anjos:

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O Derradeiro Fósforo da Vida (a Augusto dos Anjos)

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Vê? Ninguém é capaz de mensurar
A metrificação deste Universo.
No espaço alguma força atrai a todos
Aglomeradamente e em turbilhão.

É a procissão de espíritos noctâmbulos
Regida pelas forças integérrimas
Da multienigmática assonância
Que às harmonias siderais concede
A imortalidade das ideias.

Num extravazamento involuntário
Hieróglifos & esfinges interrogo
Buscando em tais ideias soberanas
As órbitas sidéreas esquecidas
À negatividade universal
Que com pancosmológica exaustão
Derrota a insipiência dos danados.

E os malacoptérigos subraquianos
Em retrogradações inumeráveis
As mineralogias derradeiras
Inserem em volições conflagradoras
Na glauca artéria equórea do Divino.

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O pdf completo de OUVI! está à disposição no site do Grupo Neûron de Literaturas Experimentais, neste endereço:

http://gruponeuron1.hospedagemdesites.ws/gruponeuron/wp-content/uploads/2017/08/Ouvi-Matheus.pdf

 

 

Visite meu site http://seraphimpietroforte.com.br/

Se você gosta de literatura experimental, conheça o Grupo Neûron, visite o site http://gruponeuron.com/

Se você gosta de histórias em quadrinhos, conheça o Pararraios Comics, visite o site www.pararraioscomics.com.br

Também escrevo para o portal de esquerda Carta Maior, confira minha coluna “Leituras de um brasileiro” http://www.cartamaior.com.br/

 

 

 

 

 

 

 

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Antonio Vicente Seraphim Pietroforte nasceu em 1964, na cidade de São Paulo. Formou-se em Português e Lingüística na FFLCH-USP; fez o mestrado, o doutorado e a livre-docência em Semiótica, na mesma Faculdade, onde leciona desde 2002. Na área acadêmica, é autor de: Semiótica visual – os percursos do olharAnálise do texto visual – a construção da imagem;Tópicos de semiótica – modelos teóricos e aplicaçõesAnálise textual da história em quadrinhos – uma abordagem semiótica da obra de Luiz Gê. Na área literária, é autor de: – romances:Amsterdã SMIrmão Noite, irmã Lua; – contos: Papéis convulsos – poesias: O retrato do artista enquanto fogePalavra quase muroConcretos e delirantesOs tempos da diligência; – antologias: M(ai)S – antologia SadoMasoquista da Literatura Brasileira, organizada com o escritor Glauco Mattoso; Fomes de formas (poesias), composta com os poetas Paulo Scott, Marcelo Montenegro, Delmo Montenegro, Marcelo Sahea, Thiago Ponde de Morais, Luís Venegas, Caco Pontes, mais sete poetas contemporâneos; A musa chapada (poesias), composta com o poeta Ademir Assunção e o artista plástico Carlos Carah. E-mail: avpietroforte@hotmail.com




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