A poética de Djami Sezostre
Corponoite, sexoplantae: a poética de Djami Sezostre
Djami Sezostre, nom de plume assumido por Wilmar Silva, poeta mineiro reconhecido por seu ativismo cultural e por sua obra performática, experimental, vem explorando um veio artístico singular, em que homem e natureza se entrelaçam amorosamente seja através da sonoridade seja através de imagens. Se sua linguagem causa, à primeira vista, estranheza, logo se reconhece um impulso poético órfico, primitivo, no sentido de retomar e recriar a raiz das coisas através da palavra musicalizada. O ritmo, cadenciado e repetitivo, as palavras distorcidas em língua semi-inventada, a presença do corpo dissolvido na natureza, acentuam esse aspecto encantatório de fusão visceral entre palavra e mundo. Comentaremos poemas do livro Zut (Crivo Editorial/2016), nos quais o sujeito lírico se expande como animal, como água, como planta, como eu no outro. Elementos sobretudo indígenas, mas também africanos, integram sua cosmovisão, quando o poeta se abre para uma forma original de animismo, ou de amálgama entre signo e referente, na tentativa de insuflar vida e tornar presente o que é cantado.
.
.
Abri o livro Zut (Crivo Editorial/2016), de Djami Sezostre, sem ter a menor ideia de quem seria esse poeta. O título, onomatopaico, deriva de uma interjeição francesa. A mistura de línguas é, aliás, constante no livro. Logo no primeiro poema, pus-me a rir. Chama-se “Oh cahtahrahkwyh”: uma brincadeira dadá? Quando se tenta ler alto, fica bem mais claro que se trata de uma referência aos sons tonitroantes de uma catarata. Vou ler um trecho:
…ohcatarakwy, istrongi
oplunguis alongui, ohcatarakwy
asif awar waguingui, ohcatarakwy
itis cavernis andi tavernis amongui, ohcatarakwy
risingui andi leapingui, ohcatarakwy
sinkinghi andi creepingui, ohcatarakwy
sweulingui andi seepingui, ohcatarakwy s
hooweringui andi ispringinghi, ohcatarakwy
A sensação é do encantatório, hipnótico da linguagem face à imponência, como se fosse uma reação imediata, uma reverência ao esplendor da catarata, hesitando entre o som e o sentido. Awe, amazement: português, inglês, sezostrês. Virar catarata: a linguagem que a catarata teria se pudesse falar. Um ritual mágico, pura função poética. Aqui a sonoridade e o ritmo se impõem, os nomes são sugestivos, quase música. Nem sempre se pode depreender inteiramente o significado das palavras, ou este é apenas sugerido. O inglês estropiado, com seu estranhamento de ser outra língua, potencializa-se pelas onomatopéias. A potência sonora se impõe, intensificando o limiar com o sentido, querendo ultrapassar o hiato entre significado e referente, tornando-se presença corpórea: entre phoné e logos.
Topar com o trabalho de um poeta sobre o qual nunca se ouviu falar, mas que nos cativa, sobre o qual não se tem nenhuma referência, a não ser o livro que nos chegou às mãos, foi bem instigante. Descubro de repente que ele escreve e publica há trinta anos. Que embora no livro Zut (2016), publicado em Belo Horizonte, apareça o nome Djami Sezostre, o qual foi assumido pelo autor, este fora batizado como Wilmar Silva. Também trabalhou em teatro, interessando-se pela interface entre poesia escrita, poesia visual, performance. Foi responsável pelas Terças Poéticas, promovidas pela Secretaria da Cultura de Belo Horizonte, e coordenava o programa de radioarte Tropofonia, no qual apresentava experimentos com voz e música. Ganhou o prêmio Jorge de Lima da União Brasileira de Escritores pelo livro Moinho de flechas de 1994. Tem mais de sete livros publicados. Seus livros mais recentes são Zut (Crivo Editorial) e Cavalo & catarse (Ed. Penalux, ambos de 2016), O menino da sua mãe (Katarina Kartonera/2016, incluído em Zut) e agora um outro com título provocativo, O pênis do Espírito Santo (Ed. Patuá/2018).
Enfim, se posso lastimar a minha ignorância, por outro lado, me alegro de haver lido, sem nenhum conhecimento prévio, este livro, que se distinguia em meio aos outros 198 que li como jurada do Jabuti o ano passado. Embora não tenha sido selecionado entre os dez finalistas, sua originalidade merece que voltemos a ele, que o destaquemos como relevante, especial.
Nasceu em 1971 em Rio Paranaíba, interior de Minas Gerais. Compõe uma poesia que batizou de biossonora e de ecoperformance, uma vez que costuma gravar ou recitar seus poemas para enfatizar a sonoridade e o aspecto cênico, aproximando poesia, música, teatro. A relação com a natureza, animista e erótica, é um dos seus aspectos mais acentuados. Destaca-se a aproximação com o universo da cultura popular, com elementos indígenas e africanos.
Sua família poética poderia incluir desde o último Roberto Piva, mais xamânico, até Manoel de Barros, Leonardo Fróes, Sérgio Medeiros e Josely Vianna Baptista, dentre outros. Certamente alguma descendência dos experimentos verbovocovisuais, na sua vertente mais lúdica.
No site da Universidade Estadual de Ponta Grossa encontramos um grupo de pesquisadores voltados aos estudos de Ecopoesia, cujo projeto engloba Wilmar Silva, como era conhecido antes de assumir o novo nome. Pude verificar que se trata de um grupo de pesquisa consolidado, com bibliografia de estudos ampla e aprofundada. Esse nome, ecopoesia, remonta possivelmente à etnopoesia norteamericana ou à zoopoética, tal como estudada por Maria Esther Maciel (2011), que considera a poesia como a linguagem mais propícia para se aproximar dos animais, pois só ela pode proporcionar “um trespassamento íntimo de fronteiras, que abre o humano a formas híbridas de existência”. Na esteira de Derrida (2002), Maciel também se propõe a considerar a poesia como a linguagem que melhor expressaria o pensamento do animal.
Passemos à leitura comentada de alguns poemas de Zut.
Arco-íris propõe um tipo de jogo com o hiato entre signo e referente, entre nomes formados apenas por letras e seres com consistência real:
O Cavalo não é olavac
O Pássaro não é orassáp
E
O Menino não é oninem
Mas o menino é um olavac
E quando vira cavalo
V
ira arassáp
A princípio, pura diversão em que se quebra a expectativa quando o menino vira cavalo e pássara, com as letras ao contrário. De certa maneira, materializa uma das características da mitopoética pensada por Mieletinski (1987): a fusão signo-coisa, ao mesmo tempo que reafirma o esvaziamento da crença ingênua em relação à linguagem como representação do mundo.
De um lado, busca-se amainar e borrar a oposição entre natureza e cultura, ou mundo lá fora e sujeito. Este menino pode ocupar diferentes corpos, ser figuras outras, como nas mitologias ameríndias, em que o sujeito se encarna em outros seres, mudando de posição. Categorias como Natureza e Cultura devem ser relativizadas, “dessubstancializadas”: “elas não assinalam regiões do ser, mas antes configurações relacionais, perspectivas móveis, em suma – pontos de vista”, diria Viveiros de Castro (2002, p. 349) inspirando-se no devir-animal pensado por Deleuze e Guattari para tentar compreender a perspectiva indígena.
De outro, as palavras não são as coisas. Tendo atirado fora a chave do saber imediato sobre o mundo e sobre si mesmo, o homem a substituiu por “estojos vazios”, “transposições arbitrárias” (assim postulava Nietzsche, 1978, p. 47). Apenas a intuição poética poderia saltar sobre esses conceitos abstratos que foram colocados como intermediários que nos impedem de novamente enxergar o mundo…
Algo similar se passa em A vida das palavras, quando o som, aliterante, reiterado, parece nascer junto com o corpo do eu poético e tocar o outro amado:
Eu te dei as palavras, ou li-
ve bird quando banhista olhei-te
Eu te fiz as palavras, ou li-
ve bird quando banhista olhei-te
Olhei-te nu e a água me descia
As mãos e as mãos me desciam
Olhei-te como se olha as palavras
E as palavras se líquidas como
Não palavras se olhei-te e você
Menascia nas mãos e as mãos
Me desciam líquidas então olhei-te
A last vez e a lost vez eu te beijei
Como se black or blanc beija a flor
Permutações, recombinações de palavras, desmembramentos e junções… pequenas variações criam sequências que se aproximam de células musicais. O acúmulo, os paralelismos aliterativos cadenciam ritmos. Montagem de palavras, gagueira criativa, ritornelos, vão gerando sentido, ainda que enigmáticos. Gestos vocais. O poeta francês Tarkos se referia a pasta de palavras, grupos envelopados, mais do que unidades. Ciclicidade centrífuga que funciona por núcleos generativos que variam, retornam, variam (apud Ferraz e Malufe, 2014) para materializar no poema o desejo de ultrapassar o limite entre o sujeito e seu interlocutor, liquefazendo a ambos para fluidificar barreiras e poderem nascer juntos, um transubstanciado no outro. Impossível não evocar Merleau-Ponty (2004, p. 16-7) quando este se refere à relação entre artista e obra, quando a natureza nasce dentro de si, interior e exterior se amalgamam, adaptando-se perfeitamente à percepção que experimentamos quanto a este sujeito líquido: “Imerso no visível por seu corpo, ele próprio visível, o vidente”… “se abre ao mundo.” “Visível e móvel, meu corpo conta-se entre as coisas, é uma delas, está preso no tecido do mundo, e sua coesão é a de uma coisa.” “[As coisas] são um anexo ou um prolongamento dele mesmo, estão incrustadas em sua carne, fazem parte de sua definição plena, e o mundo é feito do estofo mesmo do corpo”… “a visão é tomada ou se faz no meio das coisas, lá onde persiste, como a água-mãe no cristal, a indivisão do senciente e do sentido.”
Em Ox, o aspecto erótico e místico da escrita é exponenciado pelo movimento de reiteração: “Um lápis lábis lábis/ Apenas um lápis e tudo se abre/ Como se abre um corpo como se/ Abre uma alma como se abre um/ Mantra como se abre um nirvana”, diz a primeira estrofe.
Em vários poemas parece haver uma simbiose do indivíduo com a natureza, metamorfose em bicho, em inseto, como dissolução que por vezes dá medo, ao lado da alteridade de ser olhado pelos bichos. “Ninguém jamais me dê a tentação funesta de adormecer ao léu na lomba da floresta”… disse Jorge de Lima… e aqui em Ente surge o temor de olhar o inseto, ser olhado pelo inseto, e virar inseto, por contágio, como criança que se identifica com o bicho.
Já em Luzidio o poeta incorpora a noite, se transforma na noite, infinita, em radical antropomorfismo. Matéria-emoção, projeção do sujeito no universo: “plantei a noite”, “trovejei a noite”, “vibrei as nuvens”…
Em Sexoplantae assim como em Plantae o coração também: “Eu meu sexoplantae” (esse e no final das palavras e versos se repete muitas vezes – como um enumerativo, aditivo, que permite à palavra casar com a seguinte?). Há várias palavras grudadas neste poema e em outros: “meu corponoite”, “Amadrugada”, “umbigomãe” – são versos de solidão em que se manifesta o anseio amoroso de assimilação da vida vegetal: “Eu tinha uma planta no coração”.
Em O menino zanzado, o eu lírico se identifica com os movimentos do bicho, na linguagem infantil:
Sou esse vivente, um lobo do mato,
Menino zanzadoZanzando no coração, mato, mato
Sou esse rasante, um lobo do mato,
Menino zanzadoZanzando no coração, mato, mato
Essa continuidade com o meio ambiente evoca as reflexões de Bataille sobre a hipótese projetiva que o homem faz acerca do animal, que, segundo nossa percepção, “está no mundo como água na água”, como se fosse possível sentir-se em “estado de imediaticidade” perfeita com seu entorno (apud Tom Tyler, 2011).
Ser planta, ser animal, sentir-se em total amálgama com a natureza e com o amado interlocutor, o um-no-outro lírico em máximo intercâmbio:
eu animalte você animalme
eu pássarote você pássarome
eu árvorete você árvoreme
e então eu e você no fundo
eu animal e você animal
eu pássaro e você pássaro
eu árvore e você árvore
e então eu e você no fundo
Alguns poemas, como Wattiezas, lembram os cantos das plantas no xamanismo. Há uma relação de incorporação entre sujeito e árvore:
As duas ´´ arvores
Seivas de mim
Cernes de mim
Raízes de mim
As duas ´´ arvores
Azul e aladas
Águas de mim:
Em todos esses poemas quer-se transmitir a impressão do viver compartilhado com a natureza, como uma qualidade possível que animais e plantas poderiam comunicar: a possibilidade de simplesmente existir, sem se destacar através de uma consciência do tempo e da ruptura com o ambiente. Como uma árvore é e um animal vive. Ou como assim os imaginamos.
O estaqueamento rítmico, as frases que saem umas das outras reiterando um refrão e se repetindo, tem o efeito de imprimir um timbre oral aos poemas. A tentação de vocalizar, quase cantar, é instintiva, como se o poema já emitisse voz, aproximando a linguagem de seu aspecto mais sensório e encarnado.
Os poemas mais inquietantes são alguns em que o poeta se reconhece nas figuras de mulas e cavalos. Neles, nega as palavras e a razão iluminista para achegar-se ao mulo e à mula (que em outros poemas ele identifica como pai e mãe. Ou ele mesmo é cavalo, ou os pais são cavalos). Uma aspiração pela inocência primordial de bicho e menino. O funcionalismo com que se relacionam homens e animais domesticados para o trabalho é eliminado, como em Mulus:
O cavalo que o pai deixou
Para ele, o filho, não era
Um cavalo que servia
Para nada, a não ser
Para olhar, para olhar
E por falar em olhar, um outro aspecto do livro são as inúmeras fotos de um homem nu (creio que seja o próprio poeta, não sei). Embora muito posadas, tem relação com o tema do livro e mais o reforçam: um corpo em meio a elementos naturais, identificado com o cavalo, em aliança com elementos da terra e das plantas. Como se o homem pudesse retomar algo da própria animalidade, já que os animais são nus. Mas não tem como evitar a diferença, que se manifesta no pudor, na consciência de estar despido. Isto ocorre nas fotos, que nunca mostram o sexo. Por mais que o poeta queira parecer parte do entorno natural, ele não perde a propriocepção de ser um corpo humano. Lembramos da cena relatada por Derrida (2002) quando o filósofo se sente um tanto envergonhado em ser visto nu pelo seu gato, e então se pergunta sobre a irredutível diferença entre homem e animal, quando despidos. O que poderia ser oposto ao pudor é o exibicionismo, também ele autoconsciência. Mas qual a função das fotos? Provavelmente, se os poemas buscam a presentificação através da sua constituição rítmica e através de suas imagens, estas imagens intentam acentuar esse traço do livro ainda mais, como se ilustrassem o que as palavras buscam transmitir.
Coincidência ou não, a poesia de Sezostre vai ao encontro dos estudos antropológicos de inspiração deleuziana de Viveiros de Castro, os quais se interrogam sobre a conhecida dualidade entre natureza e cultura, propondo, ao contrário, um “caráter contínuo e ternário” em que as fronteiras entre ambas sejam cambiantes, interrelacionadas, e o ser humano esteja embebido nelas, assim como as fronteiras mutáveis e instáveis entre vivos e mortos, homens e deuses, homens e mulheres, homens e crianças, e, principalmente, homens e bichos – considerados um tipo de gente também. Até mesmo as fotos do livro lembram um pouco certos livros de etnologia. A identificação com o mundo vegetal igualmente se assemelha ao imaginário indígena, como o representa Viveiros de Castro em seu ensaio “O mármore e a murta” (2002), em que as assimilações, alianças, trocas e adaptações são valores mais importantes do que identidades fixas e estanques. Refiro-me ao desejo de “absorver o outro, e neste processo, alterar-se” (idem, p. 207): “a incorporação do outro dependia de um sair de si – o exterior estava em processo incessante de interiorização, e o interior não era mais que movimento para fora” (ibidem, p. 220). Ora, essa definição da cultura tupinambá não ecoa bem as definições de sujeito lírico poroso, permeado sempre pela alteridade?
Haveria uma necessidade, no mundo atual, de exacerbar o sensório, a sensação de presença, a significância na poesia, como se estivéssemos ansiando pelo contato com a linguagem do paraíso – cicatrizando o intervalo entre fenômeno e coisa em si? Bloomenberg (2010), quando estudou a história da mímesis desde a Antiguidade até hoje, advertiu para o movimento agônico que ela continha, na modernidade: se, de um lado, a representação na arte é composição, poiesis, artifício construído, reflexão, de outro, tendo perdido a congruência primeira, identitária, com o universo, o artista quer fazer algo que seja uma presença, penetrando o fundo primitivo da natureza e revelando a latência dos seres. A nosso aviso, este anelo se torna ainda mais atraente, prenhe de nostalgia e desejo, quando se perdeu o contato imediato com a natureza. Mas na verdade estamos todos no mesmo barco – seres humanos, animais, vegetais – coisificados pela exploração capitalista. O desejo utópico de libertar a si e à natureza da função instrumental à qual fomos submetidos estaria na raiz deste movimento poético.
.
Referências bibliográficas:
Bloomenberg, H. “Imitação da natureza: contribuição à pré-historia da idéia do homem criador”. In: Lima, L.C. (org.) Mímesis e a reflexão contemporânea. Rio de Janeiro: Eduerj, 2010.
Derrida, J. O animal que logo sou (a seguir). Trad. F. Landa. São Paulo: Ed. Unesp, 2002.
Ferraz, S. e Malufe, A.C. “Música e voz para além do som”. Literatura e sociedade, n. 19, São Paulo: DTLLC, USP, 2014.
Maciel, M.E. “Poéticas do animal”. In: Maciel, M.E. (org.) Pensar/escrever o animal. Ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora UFSC, 2011.
Merleau-Ponty, M. O olho e o espírito. Trad. P. Neves e M. E. Galvão Gomes. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
Mielietinski, E.M. A poética do mito. Trad. P. Bezerra. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1987.
Nietzsche, F. “Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral” (1873). In: Nietzsche, F. Obras incompletas. Coleção Os pensadores. Trad. R.R. Torres Filho. São Paulo: Ed. Abril, 1978.
Sezostre, D. Zut. Belo Horizonte: Crivo Editorial, 2016.
Tyler, T. “Como a água na água”. Trad. M.E. Maciel. In: Maciel, M.E. (org.) Pensar/escrever o animal. Ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora UFSC, 2011.
Viveiros de Castro, E. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosacnaify, 2002.
.
Viviana Bosi é professora doutora do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada/USP.
Comente o texto