Dicionário de bolso


VERBETES PARA UM DICIONÁRIO DE BOLSO DA CULTURA BRASILEIRA ATUAL


Ciclo Mutações Importante movimento de funartização da Filosofia.

Adornianos Desconfiam da ciência mas cultivam o realismo em artes.

Aula Show Gênero heterodoxo formulado por intelectuais em trânsito entre os modos universitários e as solicitações da animação cultural.

Bolsa Família Forma súditos em vez de cidadãos.

Brasileiros de Miami Figuras do horror para a demonização dos leitores de boa consciência da revista Piauí.

Classe Média Alvo da filosofia de palanque.

Companhia das Letras Publica atores da Globo como Fernanda Torres. Não trabalha com forças inseguras.  

FLIP Discussões poéticas esponsorizadas para públicos semicultos. 

Folha de São Paulo Cotidiano defensor de uma ideia e seu contrário, prática também conhecida como “cinismo indolor”. Difunde-se principalmente na Vila Madalena.

Novos autores. Antônimo de autores senis.

MPB Celeiro da poesia brasileira depois da poesia. Inclui Nuno Ramos.

Nuno Ramos Superstição da Folha de São Paulo.

O Estado de São Paulo Jornal dirigido a pessoas letradas, não obstante politicamente liberais, de bairros distantes da Vila Madalena como o Jardim Europa.

Presidenta Corrupção da língua portuguesa análoga a “gerenta”, “estudanta”, “consulenta”. Incorporada por iletrados do PT e professores da USP.

Prêmios Literários Sobras anuais do poder jornalístico.

Psicofármacos Remédio para dores sem sujeitos, agem diretamente no cérebro.

Sebastião Salgado Emissário do Instituto da Luz.

Sociologia da Literatura Assinala Jacques Derrida e a intertextualidade como os amigos do concretismo. Seus artífices nunca tiveram amigos.

Wiliam Bonner Marionete articulada.

 

 

 

 

 

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Leda Tenório da Motta estudou com Roland Barthes, Gérard Genette e Julia Kristeva.  É Professora no Programa de Comunicação e Semiótica da PUC/SP, pesquisadora do CNPq nível 1, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, tradutora e crítica literária, com passagem pelos mais importantes cadernos de cultura brasileiros. Traduziu, entre outros, O Spleen de Paris de Baudelaire e Métodos de Francis Ponge, o primeiro livro deste poeta a  sair no Brasil. Publicou, entre outros, Proust – A violência sutil do riso, que recebeu o Prêmio Jabuti, e Roland Barthes- Uma biografia intelectual (Iluminuras), finalista do Prêmio Jabuti.  Lança em 2015, pela Iluminuras, Barthes em Godard- Críticas suntuosas e imagens que machucam. E-mail: ltmotta@pucsp.br




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