Ferreira Gullar volta às Terças Poéticas


 

Terças Poéticas homenageia, no dia 8 de abril de 2014, o ícone da literatura brasileira e o clássico radical “Poema Sujo”

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Uma noite de muita celebração, honra e alegria. Esta é a definição do idealizador das Terças Poéticas, Wilmar Silva de Andrade, para a próxima edição do projeto, que ocorre no dia 8 de abril, a partir das 19 horas, na Casa Una de Cultura (Rua Aimorés, 1.451, Lourdes), com a presença ilustre de um dos maiores poetas e escritores da literatura brasileira, o maranhense Ferreira Gullar. A entrada é gratuita, mediante distribuição de senha que será feita uma hora antes do evento. Mais informações pelo telefone: 31|3235-7314 ou contato@casauna.com.br.

Gullar participou das Terças Poéticas em 2010, ano em que completava 80 anos de vida e recebera o Prêmio Luís de Camões, o mais importante prêmio literário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Agora ele retorna para comemorar os 10 anos do projeto e os 38 anos de sua obra “Poema Sujo”, escrito em 1975.

Considerado o livro mais ousado do escritor, “Poema Sujo” foi produzido no exílio, em Buenos Aires. Surgiu da necessidade de, como o próprio Gullar afirma, “escrever um poema que fosse o meu testemunho final, antes que me calassem para sempre”. Numa época de forte repressão política, Gullar sentia-se perseguido pela ânsia de rememorar o passado e a dificuldade de expressar, em linguagem poética, o universo interior. Pela sua forma e pelo que representa “Poema Sujo” se tornou o mais conhecido e estudado poema de Gullar. Ganhou traduções em Cuba, Colômbia, França, Espanha, Alemanha, Suécia e Estados Unidos.

Para o idealizador das Terças Poéticas, ao longo de décadas, Gullar escreveu e publicou livros que são de relevância histórica para a compreensão da literatura brasileira. “Considero ‘Poema Sujo’ um livro emblemático e que determina a importância da literatura brasileira frente ao mundo do século XX. O poema é um canto de amor à vida, fala da condição do homem mergulhado nos conflitos de sua existência, mas sem esquecer de que a poesia se faz através de linguagem que se arranca da vida”.

Para este segundo encontro com Ferreira Gullar, que será mediado por Wilmar Silva de Andrade e a poeta, ensaísta e professora de literatura, Bianka de Andrade Silva, a intenção é extrair do poeta toda a sua inteligência e sagacidade. “Gullar é um intelectual que desafia o seu próprio tempo porque enfrenta o tempo através das línguas da poesia. Será uma Terça Poética interativa, com liberdade para falar o que ele pensa sobre poesia, literatura, politica, o homem contemporâneo, enfim, Gullar vai ler a sua poesia e conversar com o público sobre arte e vida ”, explica o idealizador do projeto.

 

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FERREIRA GULLAR

Ferreira Gullar (São Luís, 10 de setembro de 1930) é poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro. Sua obra ficou marcada principalmente pelas questões políticas e sociais. O posicionamento político, por exemplo, fez com que ele fosse exilado durante o regime militar brasileiro.

Gullar criou e rompeu com o concretismo. Depois, revolucionou a poesia com a criação do neoconcretismo juntamente com Hélio Oiticica e Lígia Clark. Publicou o “Manifesto Neoconcreto” no Jornal do Brasil em 1959. Pouco depois, passou a fazer uma poesia mais voltada para a política.

A poesia engajada e a necessidade de lutar contra a opressão social são alguns registros de seus poemas. O autor acredita que a produção artística deve levar em consideração o que está acontecendo com o mundo. Para Wilmar Silva de Andrade, Gullar é um crítico de arte, do homem e de seu tempo. “Ele reumaniza o ser e a própria poesia através da palavra”, observa.

A trajetória literária de Gullar é marcada por várias premiações. Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema “O Galo” em 1950. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.

Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2007, seu livro “Resmungos” ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.

Em 2010, foi agraciado com o Prêmio Camões e em 2011 foi contemplado novamente com o Prêmio Jabuti com o livro de poesia “Em alguma parte alguma”.

“Ferreira Gullar é sem sombra de dúvida um dos maiores escritores de língua portuguesa de todos os tempos. E mais que isso, a poesia, a literatura e a arte de Ferreira Gullar dialogam com as artes mais essenciais da literatura universal. Ele surpreende sempre, como um ser politico do mundo das letras, que não tem medo de falar o que pensa. Gullar é um caso muito raro de um escritor que tem essa potência política e reflexiva sobre o homem e sua condição no mundo. Acho que é uma honra para todos nós brasileiros termos um escritor da envergadura de Ferreira Gullar. Por isso defendo, como tantos outros, que ele receba o Prêmio Nobel de Literatura”, conclui o também poeta Wilmar Silva de Andrade.

O projeto Terças Poéticas é aprovado pela Lei Rouanet, patrocínio do BDMG Cultural, produção e realização Anome Livros, Soll Produções e Casa Una Centro de Cultura. A direção e curadoria é assinada pelo idealizador Wilmar Silva de Andrade.

 

 

 

Serviço

TERÇAS POÉTICAS

Convidado: Ferreira Gullar

Data: 8 de abril de 2014

Horário: 19 horas

Ingressos: serão distribuídos gratuitamente com uma hora de antecedência.

Local: Casa Una de Cultura – Rua Aimorés, 1451, Lourdes

Mais informações: (31)3235-7314 ou contato@casauna.com.br

Acesse: www.facebook.com/casauna.centrodecultura

www.facebook.com/pages/Terças-Poéticas

PROGRAMAÇÃO GRATUITA

 

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